LIVRO - DAVI E GOLIAS: A ARTE DE ENFRENTAR GIGANTES

LIVRO - DAVI E GOLIAS: A ARTE DE ENFRENTAR GIGANTES - MALCOLM GLADWELL.

O livro parte da premissa dos desafios, objetivos, propósitos realizados e suportados por pessoas em variadas vezes tidas como improváveis e menores a depender da situação em detrimento a seu oponente. Relata sobre a celebre narrativa bíblica da batalha de Davi contra o gigante filisteu Golias, enfrentamento ocorrido no Vale de Aijalon, ao norte, próximo ao Vale de Elá, onde Saladino enfrentou os Cavaleiros Cruzados no século XII, nesse local onde o recém nascente Reino de Israel enfrentou o exército dos filisteus (povo vindo de Creta, se mudado para Palestina e instalados ao longo da costa). E assim procedeu um dos embates mais celebres da história bíblica.

Há uma explicação sobre os pontos fracos do gigante Golias, que por exemplo, não tinha uma movimentação física normal (tinha um carregador de escudo) fato que Davi explorou e não iniciou um combate corpo a corpo. O autor com sus perspicácia marcante em criar narrativas excepcionais envolve o leitor, ele conta eventos de celebridades e de pessoas normais, aplicando uma conceituação convidativa a enxergar o favorito sob outra ótica e noutra visão.

Cita exemplos de Thomas Edward Lawrence (Lawrence da Arábia) que foi um arqueólogo, militar, agente secreto, diplomata e escritor britânico. Tornou-se famoso pelo seu papel como oficial britânico de ligação durante a Revolta Árabe de 1916-1918 (tendo se destacado por que era a coisa mais distante do oficial do exército britânico típico). Assevera sobre o ambiente abastado financeiramente “as pessoas são arruinadas pelas dificuldades financeiras, mas também pela riqueza, porque perdem a ambição, o orgulho e seu senso de valor próprio. As coisas são difíceis nas duas extremidades do espectro”. Criação de filhos e o dinheiro, segue a máxima de que mais nem sempre é melhor.

Explana sobre o movimento dos notáveis que viriam a criar o movimento de pintores de arte moderna chamado de impressionismo. Liderados por Monet que antes disso tinha como meta alcançar espaço no pináculo da profissão em um espaço no Salon em Paris, através do questionamento sobre se queria ser um Peixe Pequeno na Lagoa do Salon ou um Peixe Grande na Lagoa Pequena escolhida por eles, mas que no final os impressionistas fizeram a escolha certa, que é uma das razões para que seus quadros hoje estão espalhados em vários dos grandes museus do mundo (um grupo pequeno em tese, enfrentando um padrão grande, comparado naquele momento à eles, essa é a ideia, com exemplos de êxitos que o livro apresenta).

Fala sobre a estudante Caroline Sacks e a sua escolha junto a Universidade de Brown em detrimento da Universidade de Maryland, como o caso do Salon que era como uma universidade de elite. Relata sobre a Disléxia (distúrbio genético que dificulta o aprendizado e a realização da leitura e da escrita) citando que os disléxicos usam o hemisfério direito do cérebro durante a leitura bem mais do que os leitores normais, mas esse lado é conceitual. É a metade errada do cérebro para uma tarefa precisa e rigorosa como a leitura. Exemplifica com o caso de David Boies (disléxico), um enigma no mínimo, pois como ele progrediu de operário da construção civil para o ápice da carreira de advogado.

Expõe sobre Gary Cohn, disléxico que conseguiu trabalhar no mercado financeiro adentrando em um taxi com um importante executivo e que possuía um alto cargo em uma grande corretora de Wall Street, fingindo ser um corretor de ações experiente para alcançar sua almejada vaga de emprego.

Diz sobre a reação dos londrinos aos bombardeios alemães na Segunda Guerra e afirmação de Winston Churchill (primeiro ministro à época) “o maior alvo do mundo, uma espécie de vaca enorme, gorda e valiosa, amarrada para atrair predadores”. Alude sobre a mente de pesquisadores do câncer, em especial Jay Freireich e sua obsessão pela cura da leucemia infantil (que na época era normal cenas de crianças com hemorragia interna pelo fígado e pelo baço, sofrendo dores absurdas), desenvolvendo a técnicas de coquetéis de remédios, algo inimaginável no início dos anos de 1960.

Explana sobre os líderes negros dos direitos civis americanos liderados por Martin Luther King, que a partir da década de 1950, fez uso de crianças e jovens para alcançar a igualdade racial sem uso de violência. Relata sobre uma ação americana, chamada Programa de Intervenção na Delinquência Juvenil (um policiamento moderno de alta intensidade) liderado por Joanne Jaffe. Faz uma análise do conflito religioso na Irlanda do Norte entre católicos e protestantes. Assevera sobre a teoria da curva em U invertida no caso do assassinato de Kimber Reynolds, filha de Mike Reynolds defensor da proposta das três infrações que posteriormente se tornou Lei americana, vinculando ao assassinato da filha menor do casal canadense Derksen (Candace de 13 anos).

Expõe o caso do pastor huguenote francês André Trocmé, da região de Vivarais, que ajudou na fuga e apoio para salvar os judeus perseguidos pelo regime fascista, após a queda da França em 1940 para os alemães (huguenotes eram descendentes da população protestante original da França, no passado pessoas haviam tentado sem sucesso eliminá-los).

Portanto a leitura é excepcional e interessante e é um meio de observar sob uma ótica inovadora todo o panorama trazido pelo livro, com uma narrativa poderosa para abalar e reformular nosso pensamento sobre o mundo à nossa volta., assim sugerimos a leitura desse exemplar.

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