LIVRO BLINK - A DECISÃO NUM PISCAR DE OLHOS. MALCOLM GLADWELL.

LIVRO BLINK - A DECISÃO NUM PISCAR DE OLHOS. MALCOLM GLADWELL.

Escolhas e decisões rápidas em algo próximo a 2 segundos o livro retrata bem essa temática com exemplos e fatos relacionado a essa situação. Menciona sobre um exemplo de uma escultura supostamente rara e antiga (kouros) que de início os especialistas já sabiam não ser o que o vendedor relatava ser. Quando F. Zeri, E. Harrison, T. Hoving, G.Dontas e todos os outros olharam para o kouros e sentiram uma “repulsa intuitiva”, eles estavam absolutamente certos. Em apenas dois segundos de exame, um único relance, eles conseguiram captar melhor a essência da estátua do que a equipe do Getty em 14 meses. Blink é um livro a respeito desses dois segundos.

Exemplifica também sobre a teoria das fatias finas, apresentando uma observação dos 2 segundos feita junto a um casal (depois de analisar uma hora de conversa, ele pode prever, com 95% de acerto, se aquele casal ainda estará junto dentro de 15 anos. Se ele “Jhon Gottman” observa um casal por 15 minutos, sua taxa de sucesso chega a 90%).

Menciona sobre a chamada porta trancada, encontros rápidos (o problema em contar histórias), reunindo alguns homens e mulheres em um bar em Manhattan, jovens profissionais com pouco mais de 20 anos (estudantes de medicina, professores e tipos de Wall Street, além de 04 mulheres vindas de uma joalheria) a coordenadora Kailynn, disse que cada homem teria seis minutos para falar com cada moça. Kailynn diz que se a pessoa está gostando da conexão o tempo passa rápido, caso contrário é uma eternidade.

Por meio desse evento novamente verificou que se resume em decisões rápidas, pois cada um que se sentava a uma daquelas mesas deveria responder a uma simples pergunta (quero ver esta pessoa novamente?) não precisamos de uma noite inteira para chegar a uma conclusão, apenas alguns minutos.

Apresenta um dado interessante sobre a tipologia do CEOs e indica que evidências sugerem que a altura – sobretudo nos homens – aciona um conjunto de associações inconscientes muito positivas. Com base nas 500 maiores empresas americanas (Revista Fortune), pesquisou sobre os CEOs destas, na maioria e sem surpresa a isso os dirigentes são homens brancos. E quase todos são altos, os CEOs homens tinham, em média, pouco menos de 1,85 metros (EUA cerca de 14,5% da população tem 1,83 m ou mais). Entre os CEOs das 500 maiores empresas, o número sobe à 58% (na amostra, quase 1/3 tinha 1,85 m ou mais).

Fala sobre a estatística quanto ao preço ofertado em carros 0 km a depender do sexo, estatura, cor da pele e demais tipologias de cada interessado, havendo diferenciação dos valores para cada pessoa. Apresenta um exemplo interessante sobre a decisão rápida e difícil, certa vez o comandante do corpo de bombeiros de Cleveland, relatou uma ocorrência de um incêndio que ocorria na cozinha de uma casa de apenas um andar, o tenente e seus homens arrombaram a porta da frente pegaram a mangueira e avançaram com água sobre as chamas na cozinha, o fogo deveria ter apagado, mas não apagou, jogaram mais, contundo parecia não fazer diferença. Os bombeiros recuaram e então o tenente pensou que algo estava estranho, disse a todos vamos dar o fora, já! Logo depois de saírem o piso desabou (na verdade o fogo era no porão), exemplo de decisão rápida que salvou a vida daqueles bombeiros.

Fala sobre o método de triagem de paciente por meio de estatísticas implementadas no Hospital West Harrison Street (Chicago) por meio de decisões rápidas. Também explica sobre o Dilema do músico de rock conhecido como Kenna (a maneira certa – e a errada – de perguntar às pessoas o que elas querem). Diz sobre o então procurador-geral do estado Bill Clinton e o encontro com Dick Morris em Arkansas em 1977 e que tempo depois Morris tornou-se conselheiro de Clinton quando eleito Presidente, sendo o conselheiro adepto a utilização de pesquisas. Explica sobre o desafio Pepsi, para melhorar suas vendas em relação a sua concorrente a Coca-Cola por meio de degustação invisível dos produtos.

Explica o problema em não ler mente no capítulo seis (sete segundos no brox) dos policiais que realizaram a leitura errada e mataram Diallo (erro um formou sua opinião rapidamente, erro dois achar que o rapaz era insolente por não temer a polícia e erro três ele não era perigoso apenas estava com medo). Tal erro não é anômalo, tal incapacidade de ler mentes acomete todos nós.

Aduz sobre um experimento sobre o autismo, utilizando um filme para experimentação e vislumbra deste (Quem tem medo de Virginia Wolf?) asseverando sobre o tópico “um homem, uma mulher e um interruptor” (pessoas normais olham para o rosto, usam parte do cérebro chamada giro fusiforme, um tipo de software cerebral, permitindo distinguir milhares de rostos conhecidos) já pessoas com autismo usam o giro temporal inferior, reservada a objetos, dai por que os pacientes com autismo não olham para os rostos das pessoas. Relembra também sobre a assertiva de quando o “espaço em branco acaba” correlacionando com o exemplo do vídeo da tentativa de assassinato de Ronald Reagan por John Hinckley em 30/03/1981 (leitura de rosto e mentes pelos guarda-costas, onde tudo ocorreu em 1,8 segundos).

Portanto a leitura do exemplar trará uma visão de como é tomada as grandes decisões, com base na arte de filtrar, mediante variáveis e com as poucas informações que importam, realizando atos de julgar, decidir e fazer escolhas sem refletir muito a respeito. Demonstra como nosso pensamento trabalha em nossa profissão, na sala de aula, na cozinha e na cama, recomendado portanto a leitura deste exemplar.

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