LIVRO – IMITAÇÃO DE CRISTO. TOMÁS DE KEMPIS.



LIVRO – IMITAÇÃO DE CRISTO. TOMÁS DE KEMPIS.

 

A Imitação de Cristo é uma das obras mais difundidas da espiritualidade cristã, e sua popularidade é impressionante, só sendo ultrapassada pela Bíblia. É o livro que vem alimentando o mundo cristão há muitos séculos, enquanto expressão da devoção moderna. Embora seja motivo de discussão, a autoria da obra vem atribuída a Tomás de Kempis (1380-1471), cuja formação aconteceu no âmbito da tradição agostiniana. “Da Imitação de Cristo já se tem dito tudo quanto é possível dizer” – assim inicia o Conde Afonso Celso o prefácio à sua maviosa tradução. E tem razão o ilustre escritor. Seis séculos porfiaram em tecer-lhe elogios, mostrar-lhe as sublimidades, encarecer-lhe o subido valor, denominando-a uns o quinto livro dos evangelhos, chamando-lhe outros o melhor tratado de moral cristã, considerando-a todos o mais perfeito compêndio da vida espiritual. O exemplar é dividido por meio dos seguintes livros: Livro I. Avisos úteis para a vida espiritual; Livro II. Exortações à vida interior; Livro III. Da consolação interior e Livro IV Do Sacramento do Altar.

 

Padre Tomás de Kempis, cônego regular de Santo Agostinho, no Mosteiro de Santa Ana, perto de Zwolle, na Holanda. Quem era Tomás de Kempis? – A história nos transmitiu seus principais dados biográficos. Nasceu ele no ano de 1380, em Kempen, pequeno povoado da Diocese de Köln, e seguiu, em 1391, o exemplo de seu irmão João, tomando o hábito dos regulares de Santo Agostinho, no Mosteiro de Santa Ana.

 

Tomás de Kempis nasceu em 1379 ou 1380 na Renânia, na cidade de Kempen, perto de Colônia (atual Alemanha). Foi monge agostiniano e sacerdote, vivendo no Mosteiro de Saint Agnetenberg, perto de Zwolle, até o fim de sua vida, com a idade de 91 anos, em 1471. Nesse prisma o exemplar é apresentado com inúmeros ensinos sobre como se portar em inúmeras situações vivencias humanas sempre pautando nos ensinamentos do Carpinteiro das Planícies da Galileia e com observância as Escrituras Sagradas.

 

Da leitura das Sagradas Escrituras. Devemos buscar a verdade, e não a eloquência. Todo livro sagrado deve ser lido com o mesmo espírito que o ditou. Nas Escrituras devemos antes buscar nosso proveito que a sutileza da linguagem. Tão grata nos deve ser a leitura dos livros simples e piedosos, como a dos sublimes e profundos. De vários modos nos fala Deus, sem acepção de pessoas. A nossa curiosidade nos embaraça, muitas vezes, na leitura das Escrituras; porque queremos compreender e discutir o que se devia passar singelamente.

 

Das afeições desordenadas. Todas as vezes que o homem deseja alguma coisa desordenadamente, torna-se logo inquieto. O soberbo e o avarento nunca sossegam; entretanto, o pobre e o humilde de espírito vivem em muita paz. O homem que não é perfeitamente mortificado facilmente é tentado e vencido, até em coisas pequenas e insignificantes. O homem espiritual, ainda um tanto carnal e propenso à sensualidade, só a muito custo poderá desprender-se de todos os desejos terrenos. Daí a sua frequente tristeza, quando deles se abstém, e fácil irritação, quando alguém o contraria. Se, porém, alcança o que desejava, sente logo o remorso da consciência, porque obedeceu à sua paixão, que nada vale para alcançar a paz que almejava.

 

            Ensina sobre, “da utilidade das adversidades”. Bom é passarmos algumas vezes por aflições e contrariedades, porque frequentemente fazem o homem refletir, lembrando-lhe que vive no desterro e, portanto, não deve pôr sua esperança em coisa alguma do mundo. Bom é encontrarmos às vezes contradições, e que de nós façam conceito mau ou pouco favorável, ainda quando nossas obras e intenções sejam boas. Como se há de resistir às tentações, enquanto vivemos neste mundo, não podemos estar sem trabalhos e tentações. Por isso lemos no livro de Jó (7,1): É um combate a vida do homem sobre a terra. Cada qual, pois, deve estar acautelado contra as tentações, mediante a vigilância e a oração, para não dar azo às ilusões do demônio, que nunca dorme, mas anda por toda parte em busca de quem possa devorar (1Pd 5,8). Ninguém há tão perfeito e santo, que não tenha, às vezes, tentações, e não podemos ser delas totalmente isentos.

 

Sobre o destaque “da vida monástica”. Aprende a abnegar-te em muitas coisas, se queres ter paz e concórdia com os outros. Não é pouco habitar em mosteiros ou congregações religiosas, viver ali sem queixas e perseverar fielmente até à morte. Bem-aventurado é aquele que aí vive bem e termina a vida com um fim abençoado! Se queres permanecer firme e fazer progressos, considera-te como desterrado e peregrino sobre a terra. Convém fazer-te louco por amor de Cristo, se queres seguir a vida religiosa.Dos exemplos dos Santos Padres”. Contempla os salutares exemplos dos Santos Padres, nos quais brilhou a verdadeira perfeição religiosa, e verás quão pouco ou quase nada é o que fazemos. Ah! que é a nossa vida em comparação com a deles? Os santos e amigos de Cristo serviram ao Senhor em fome e sede, em frio e nudez, em trabalho e fadiga, em vigílias e jejuns, em orações e santas meditações, em perseguições e muitos opróbrios.

 

Da meditação da morte, destaca que, de tal modo te deves haver em todas as tuas obras e pensamentos, como se fosse já a hora da morte. Se tivesses boa consciência não temerias muito a morte. Melhor fora evitar o pecado que fugir da morte. Se não estás preparado hoje, como o estarás amanhã? O dia de amanhã é incerto, e quem sabe se te será concedido? E ainda assevera que, muitos morrem repentina e inesperadamente; pois na hora em que menos se pensa, virá o Filho do Homem (Lc 12,40). Quando vier aquela hora derradeira, começarás a julgar mui diferentemente toda a tua vida passada, e doer-te-á muito teres sido tão negligente e remisso.

 

Quão feliz e prudente é aquele que procura ser em vida como deseja que o ache a morte. Pois o que dará grande confiança de morte abençoada é o perfeito desprezo do mundo, o desejo ardente do progresso na virtude, o amor à disciplina, o rigor na penitência, a prontidão na obediência, a renúncia de si mesmo e a paciência em sofrer, por amor de Cristo, qualquer adversidade. Não confies em parentes e amigos, nem proteles para mais tarde o negócio de tua salvação, porque mais depressa do que pensas te esquecerão os homens. Melhor é providenciar agora e fazer algo de bem, do que esperar pelo socorro dos outros. Se não cuidas de ti no presente, quem cuidará de ti no futuro?

 

Da diligente emenda de toda a nossa vida. Explica que, o que fazem tantos outros religiosos que guardam a austera disciplina do claustro? Raro saem, vivem retirados, sua comida é parca, seu hábito grosseiro, trabalham muito, falam pouco, vigiam até tarde, levantam-se cedo, rezam muito, leem com frequência e conservam-se em toda a observância. Olha como os cartuxos, os cistercienses e os monges e monjas das diversas ordens se levantam todas as noites para louvar o Senhor. Vergonha, pois, seria, se tu fosses preguiçoso em obra tão santa, quando tamanha multidão de religiosos entoam a divina salmodia.

 

            Da mente pura e da intenção simples, instrui que, com duas asas se levanta o homem acima das coisas terrenas: simplicidade e pureza. A simplicidade há de estar na intenção e a pureza no afeto. A simplicidade procura a Deus, a pureza o abraça e frui. Em nenhuma boa obra acharás estorvo, se estiveres interiormente livre de todo afeto desordenado. Se só queres e buscas o agrado de Deus e o proveito do próximo, gozarás de liberdade interior. Se teu coração for reto, toda criatura te será um espelho de vida e um livro de santas doutrinas. Não há criatura tão pequena e vil que não represente a bondade de Deus.

 

            Da consideração de si mesmo, alumia em referência que, não podemos confiar muito em nós, porque frequentemente nos faltam a graça e o critério. Pouca luz temos em nós e está facilmente a perdemos por negligência. De ordinário também não avaliamos quanta é nossa cegueira interior. A miúdo procedemos mal e nos desculpamos, o que é pior. Às vezes nos move a paixão, e pensamos que é zelo.

 

            Muitos encontra Jesus agora apreciadores de seu reino celestial; mas poucos que queiram levar a sua cruz. Têm muitos sequiosos de consolação, mas poucos da tribulação; muitos companheiros à sua mesa, mas poucos de sua abstinência. Todos querem gozar com ele, poucos sofrer por ele alguma coisa. Muitos seguem a Jesus até ao partir do pão, poucos até beber o cálice da paixão, ensinado no capítulo intitulado como, quão poucos são os que amam a cruz de Jesus. É raro achar um homem tão espiritual que esteja desapegado de tudo. Pois o verdadeiro pobre de espírito e desprendido de toda criatura – quem o descobrirá? Tesouro precioso que é necessário buscar nos confins do mundo (Pr 31,10). Se o homem der toda a fortuna, não é nada. E se fizer grande penitência, ainda é pouco. Compreenda embora todas as ciências, ainda está muito longe. E se tiver grande virtude de devoção ardente, muito ainda lhe falta, a saber: uma coisa que lhe é sumamente necessária.

 

Da estrada real da santa cruz, pontifica que, a muitos parece dura esta palavra: Renuncia a ti mesmo, toma a tua cruz e segue a Jesus Cristo (Mt 16,24). Muito mais duro, porém, será de ouvir aquela sentença final: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno (Mt 25,41). Pois os que agora ouvem e seguem, docilmente, a palavra da cruz não recearão então a sentença da eterna condenação. Este sinal da cruz estará no céu, quando o Senhor vier para julgar.

 

Da prova do verdadeiro amor. Jesus: Filho, não és ainda forte nem prudente no amor. – A alma: Por que, Senhor? – Jesus: Porque por qualquer contrariedade deixas o começado e com ânsia excessiva procuras a consolação. O homem forte no amor permanece firme nas tentações e não dá crédito às astuciosas sugestões do inimigo. Assim como lhe agrado na prosperidade, não lhe desagrado nas tribulações. Fica sabendo que o antigo inimigo de todos os modos se esforça por impedir-te os bons desejos e apartar-te de todos os exercícios devotos, nomeadamente da veneração dos santos, da devota memória de minha paixão, da salutar lembrança dos pecados, da vigilância sobre o próprio coração e do firme propósito de aproveitar na virtude.

 

Tudo se deve referir a Deus como ao fim último. Jesus: Filho, eu devo ser o teu supremo e último fim, se desejas ser verdadeiramente feliz. Esta intenção purificará teu coração, tantas vezes apegado desregradamente a si mesmo e às criaturas. Porque se em alguma coisa te buscas a ti mesmo, logo desfaleces e afrouxas. Como, desprezando o mundo, é doce servir a Deus. A alma: De novo, Senhor, vos falarei e não me calarei; direi aos ouvidos de meu Deus, meu Senhor e meu Rei, que está nas alturas: Quão grande, Senhor, é a abundância da doçura que reservastes aos que vos temem! (Sl 30,20). Mas que será para os que vos amam e de todo o coração vos servem? É verdadeiramente inefável a doçura da contemplação que concedeis aos que vos amam.

 

Que todo o nosso cuidado devemos entregar a Deus. Jesus: Filho, deixa-me fazer contigo o que quero; eu sei o que te convém. Tu pensas como homem, e julgas em muitas coisas consoante te persuade o afeto humano. Como, a exemplo de Cristo, se hão de sofrer com igualdade de ânimo as misérias temporais.  Porque, desde a hora do meu nascimento até à morte na cruz, nunca estive um instante sem sofrer. Padeci grande penúria dos bens terrestres: ouvi muitas vezes grandes queixas de mim: sofri com brandura injúrias e opróbrios; recebi, pelos benefícios, ingratidões; pelos milagres, blasfêmias; pela doutrina; repreensões.

 

Da recordação dos inumeráveis benefícios de Deus. Eu me reconheço inferior a todos os bens que me destes, e, quando considero vossa majestade, abate-se meu espírito com o peso de vossa grandeza. E aquele que recebeu mais não pode gloriar-se de seu merecimento, nem se elevar acima dos outros, nem desprezar o menor; porque só é maior e melhor aquele que menos atribui a si, e é mais humilde e fervoroso em vos agradecer. E quem se considera mais vil e se julga o mais indigno de todos é o mais apto para receber maiores dons.

 

Oração para implorar a limpeza do coração e sabedoria celestial. Confirmai-me, Senhor, pela graça do Espírito Santo. Confortai em mim o homem interior e livrai meu coração de todo cuidado inútil e de toda ansiedade, para que não me deixe seduzir pelos vários desejos das coisas terrenas, sejam vis ou preciosas, mas para que as considere todas como transitórias, e me lembre que eu mesmo sou passageiro, como elas: Pois nada há estável debaixo do sol, onde tudo é vaidade e aflição de espírito (Ecl 1,14). Como é sábio quem assim pensa! Dai-me, Senhor, sabedoria celestial, para que aprenda a buscar-vos, e achar-vos, antes que tudo, a gostar-vos e amar-vos acima de tudo, e a compreender todas as coisas como são, segundo a ordem de vossa sabedoria. Dai-me prudência, para afastar-me do lisonjeiro, e paciência para suportar a quem me contraria. Porque é grande sabedoria não se deixar mover por todo sopro de palavras, nem prestar ouvidos aos traiçoeiros encantos da sereia; pois só deste modo prossegue a alma com segurança no caminho começado.

 

Da instabilidade do coração e que a intenção final se há de dirigir a Deus. O sábio, porém, e instruído na vida espiritual, está acima desta inconstância, não cuidando dos seus sentimentos, nem de que parte sopra o vento da instabilidade, mas concentrando todo o esforço de sua alma no devido e almejado fim. Porque assim poderá permanecer sempre o mesmo e inabalável, dirigindo a mim, sem cessar, a mira de sua intenção, entre todas as vicissitudes que lhe sobrevierem.

 

Do bom procedimento exterior, e do recurso a Deus nos perigos. Deves ser o senhor e diretor de tuas ações e não servo ou escravo; cumpre sejas livre e verdadeiro israelita, que chega à condição de liberdade dos filhos de Deus. Esses elevam-se acima das coisas presentes e contemplam as eternas; só de relance olham para as coisas transitórias, e têm a vista presa nas celestiais. Sempre recorria Moisés ao tabernáculo para resolver suas dúvidas e dificuldades, valia-se da oração para triunfar dos perigos e das maldades dos homens. Do mesmo modo deves tu te refugiar no mais recôndito do teu coração, para, com mais instância, implorar o divino auxílio. Por isso – como está escrito – Josué e os filhos de Israel foram enganados pelos gabaonitas, “porque não consultaram primeiro ao Senhor”, mas, dando crédito demasiado às suas doces palavras, deixaram-se enganar por fingida piedade.

 

Que se não devem tomar a peito as coisas exteriores. Jesus: Filho, convém fazeres-te ignorante em muitas coisas, e reputares-te como que morto sobre a terra, para que todo o mundo te esteja crucificado. Importa também que te faças surdo a muitas coisas, cuidando antes do que serve à tua paz. Que se não deve dar crédito a todos, e quão facilmente faltamos nas palavras. Socorrei-nos, Senhor, na tribulação, porque é vão o auxílio humano (Sl 59,3). Oh! quantas vezes procurei em vão fidelidade, onde cuidava que a havia! Ah! quantas vezes a encontrei onde menos a esperava! Vã é, pois, a esperança que se põe nos homens; em vós, meu Deus, está a salvação dos justos.

 

Que não devemos escrutar as coisas mais altas e os ocultos juízos de Deus. Os santos estão bem contentes e satisfeitos; oxalá também os homens soubessem estar contentes e refrear suas vãs palavras. Não se gloriam dos próprios merecimentos, pois nenhum bem atribuem a si mesmos, mas tudo referem a mim que lhes dei tudo por infinita caridade. Tão cheios estão do amor da divindade e de abundantíssima alegria, que nada falta à sua glória, nem pode faltar à sua bem-aventurança. Quanto mais elevados estão os santos na glória, tanto mais humildes são em si mesmos e mais perto de mim e de mim amados. Por isso lês na Escritura que depunham suas coroas diante de Deus e se prostravam diante do Cordeiro e adoravam aquele que vive nos séculos dos séculos (Ap 4,10).

 

Com quanta reverência cumpre receber a Cristo. São vossas essas palavras, ó Jesus, Verdade Eterna, ainda que não fossem proferidas todas ao mesmo tempo, nem escritas no mesmo lugar. Sendo vossas, pois, essas palavras e verdadeiras, devo recebê-las todas com gratidão e fé. São vossas, porque vós as dissestes; e são também minhas, porque as dissestes para minha salvação. Cheio de alegria as recebo de vossa boca, para que mais profundamente se me gravem no coração. Animam-me palavras de tanta ternura, atemorizam-me os meus pecados, e minha consciência impura me afasta da participação de tão altos mistérios. Atrai-me a doçura de vossas palavras, mas me oprime a multidão de meus pecados.

 

Pergunta concernente ao exercício antes da comunhão. Ensinai-me vós o caminho direto, mostrai-me algum breve exercício. Porque me é útil saber de que modo devo, com devoção e respeito, preparar o meu coração para receber com fruto vosso Sacramento ou celebrar tão grande e divino sacrifício. Do exame da própria consciência e propósito de emenda. Examina diligentemente a tua consciência, procura limpá-la e purificá-la, quanto puderes, com sincera contrição e humilde confissão, de sorte que nada tenhas ou saibas que te pese na consciência, que te cause remorsos e te estorve o livre acesso.

 

Que não se deve deixar por leve motivo a Sagrada Comunhão. A miúdo deves recorrer à fonte da graça e divina misericórdia, à fonte de bondade e de toda pureza, para que possas ser curado de tuas paixões e vícios, e merecer ficar mais forte e vigilante contra todas as tentações e enganos do demônio. Sabendo o inimigo qual é o fruto e o eficacíssimo remédio que se encerra na santa comunhão, procura por todos os modos e em qualquer ocasião impedir e afastar dela, quanto pode, as almas fiéis e piedosas.

 

Como devemos descobrir nossas necessidades a Cristo e pedir sua graça. Ó dulcíssimo e amabilíssimo Senhor, a quem desejo agora devotamente receber, vós conheceis minha fraqueza e a necessidade que sofro; sabeis em quantos males e vícios estou emaranhado, quantas vezes estou oprimido, tentado, perturbado e manchado! A vós peço consolação e alívio. Convosco falo, meu Deus, que sabeis todas as coisas e a quem são manifestos todos os segredos do meu coração; vós sois o único que me pode perfeitamente consolar e socorrer. Sabeis os bens de que mais necessito e quão pobre sou em virtudes.

 

Portanto a leitura do exemplar é recomendada, logo se vê que, a Imitação de Cristo é uma das obras mais difundidas da espiritualidade cristã, e sua popularidade é impressionante, só sendo ultrapassada pela Bíblia. É o livro que vem alimentando o mundo cristão há muitos séculos, enquanto expressão da devoção moderna. O livro expressa uma resposta a muitos traumas e desafios que povoaram os povos medievais a partir da busca da interioridade, razão pela qual nota-se com a técnica transmitida nos ensinamentos do exemplar por meio de um texto curto e sucinto em cada explicação dada pelo autor para cada tema eleito, com um estilo fragmentado na escrita relacionado a uma reflexão de natureza prática ou moral, reiteramos desse modo a indicação para seu estudo e apreciação.

 

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Ferreira Avelar Advocacia (Iporá-GO. Israelândia-GO). Consultoria e Assessoria Jurídica!

 

Livro – Imitação de Cristo. Tomás de Kempis.


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