LIVRO – O HOMEM À PROCURA DE SI MESMO. ROLLO MAY.

 


LIVRO – O HOMEM À PROCURA DE SI MESMO. ROLLO MAY.


            Rollo May, um dos maiores psicanalistas do século XX, escreveu esse manuscrito no intuito de ajudar as pessoas a encontrarem-se a si mesmas. Mostra os caminhos que podemos trilhar para fazer frente à insegurança de nossa época e encontrar uma fonte de energia dentro nós mesmos. Não é um livro de receitas que produz outras instantâneas. Mas ajuda enormemente aos leitores porque projeta luz sobre algumas coisas que estão na base de seus sentimentos de perturbação e conflito. O autor escreve com rara sensibilidade, acuidade e simplicidade. Fala do isolamento e ansiedade do homem moderno, da perda de certezas causada pelas rápidas mudanças de nossa sociedade. Aponta o caminho para valores e metas que podem oferecer certa estabilidade nesses dias em que tão pouca coisa é segura. Mostra como podemos obter um real conhecimento de nós mesmos que nos trará liberdade e coragem.

 

Analisa a vida como a estamos vivendo à sua análise é verdadeira e profunda. Consegue unir a compreensão psicológica com a decisão ética. É um livro brilhante de autor inteligente que dará a muitos uma nova e mais clara compreensão de si mesmos. Demostra nestas páginas as soluções para a insegurança presente em nossa época, explorando as fontes de energia que se encontram dentro de nós mesmos. A partir de suas atividades terapêuticas e de seus estudos, revela como obter um real conhecimento der si mesmo, capaz de trazer liberdade e coragem ao mundo, cujas mudanças por demais rápidas desequilibram nossa sociedade e todos os conceitos sobre os quais nos movemos.

 

Na parte preambular do exemplar, indica os temas a serem tratados no decorrer da obra como s vê no sumário (Parte I - nosso dilema; Parte II – a redescoberta do Self e Parte III – as metas da integração). Ainda no início da obra em seu prefácio, destaca que uma das poucas alegrias da vida numa época de ansiedade é o fato de sermos forçados a tomar consciência de nós mesmos. Quando a sociedade contemporânea, nesta fase de reversão de padrões e valores, não consegue dar-nos uma nítida visão do que somos e do que devemos ser, nas palavras de Matthew Arnold, vemo-nos lançados ã busca de nós mesmos. A dolorosa insegurança que nos rodeia torna-se um incentivo a indagar: será que nos passou despercebido algum importante manancial de força e orientação?

 

Assevera sobre a solidão e a ansiedade do homem moderno, assim, não é para admirar que a pessoa não saiba planejar e se sinta inútil! Mas esta conclusão é demasiado superficial. Conforme demonstraremos adiante, os problemas são muito mais profundos que as ocasiões que os revelam. Além disso, a guerra, as alterações econômicas e as mudanças sociais são, na verdade, sintomas da mesma condição subjacente em nossa sociedade da qual os problemas psicológicos que estamos discutindo são também sintomas. Contudo, após a primeira guerra mundial, na década de 20, os problemas sexuais tornaram-se francos e epidêmicos. Quase todas as pessoas cultas da Europa e da América sentiram então os mesmos conflitos entre os impulsos sexuais e os tabus sociais que uns poucos haviam combatido uma ou duas décadas antes. Por mais que se reverencie Freud, não é possível ser ingênuo a ponto de acreditar que ele e suas obras tenham causado tal evolução.

 

Em alguns círculos, o vazio é até transformado em objetivos, sob o disfarce de “adaptação”. Em parte alguma isto é ilustrado de maneira mais impressionante que na Life Magazine, em artigo intitulado “O Problema da Esposa” (7 de janeiro de 1952). Resumindo uma série de pesquisas que foram publicadas pela primeira vez em Fortune, relativas ao papel das esposas dos diretores de grandes empresas, o artigo demonstra que a promoção do marido depende muito da mulher mostrar-se adaptável aos padrões da corporação. Foi-se o tempo em que somente a esposa do ministro era estudada pelo conselho fiscal da igreja antes que o marido fosse contratado; hoje em dia, a esposa de um diretor de grande empresa 6 investigada. com discrição ou abertamente, como se se tratasse do aço, do fio, ou de qualquer outra matéria-prima utilizada pela companhia. Precisa ser muito sociável, não intelectual, nem se destacar de maneira alguma, e possuir “antenas sensíveis” (novamente o radar!) para saber adaptar-se constantemente.

 

Que é ansiedade? Uma pessoa que atravesse a rua e vendo um carro aproximar-se a toda velocidade sente o coração bater acelerado e apressa o passo, calculando a distância entre o carro e ela própria para saber o quanto ainda falta para se encontrar em segurança. Quando estamos ansiosos, porém, sentimo-nos ameaçados sem saber o que fazer para enfrentar o perigo. A ansiedade é a sensação de estar “agarrado”, “oprimido”; e em vez de tornar mais aguda a percepção, em geral torna-a embotada.

 

O autor no capítulo intitulado como, as raízes da nossa doença, descreve que o primeiro passo para resolver um problema é compreender suas causas. Que vem acontecendo no mundo ocidental, envolvendo indivíduos e nações em tamanha confusão e desnorteamento? Indaguemos primeiro - lançando um rápido olhar ao nosso background histórico - quais as mudanças básicas que transformaram a nossa época num período de vazio e ansiedade. Por outro lado, já que nosso mundo se tornou literalmente um só, graças ao progresso científico e industrial, a importância do espírito de competição individual, que herdamos, tornou-se tão obsoleta como a ideia de cada qual entregar a própria correspondência a cavalo. A explosão final, que revelou as contradições íntimas de nossa sociedade, foi o fascismo totalitário, no qual os valores humanistas e hebraico-cristãos, particularmente o valor da pessoa humana, foram submersos por uma gigantesca onda de barbárie.

 

Tão significativas foram as obras de Freud, Cézanne e Ibsen que muitos consideram os profetas de nossa era. É exato que a contribuição de cada um é a mais importante, em suas respectivas esferas. Mas de certo modo não teriam sido os últimos grandes homens de urna era passada, em lugar dos primeiros de urna nova época? Os três pressupunham os valores e metas dos últimos séculos, apoiavam-se nos valores do seu tempo. Viveram antes da época do vazio. Infelizmente, parece agora que os verdadeiros profetas de meados do século XX foram Soren Kirkegaard, Friedrich Nietzsche e Franz Kafka. Digo infelizmente por que isso significa que nossa tarefa se torna muito mais difícil. Cada um previu a destruição de valores que ocorreria em nosso tempo, a solidão, o vazio e a ansiedade que nos envolveriam no século XX. Que podemos orientar pelos objetivos do passado. Mencionaremos os três com frequência nesta obra, não porque sejam os homens mais sábios da história, mas porque cada qual viu com grande vigor e penetração os dilemas que quase toda pessoa inteligente enfrenta agora.

 

Explica em, na natureza pouco vemos que seja nosso, mas no século XIX esse entusiasmo tornou-se cada vez mais técnico; então a preocupação do homem era sobretudo dominar e manipular a natureza. O mundo tornara-se “desencantado”, na expressão colorida de Paul Tillich. Não há dúvida de que o processo de desencantamento começa no século XVII, quando Descartes ensinou que o corpo e a mente deviam ser separados, que o mundo objetivo da natureza física, do corpo (que podia ser medido e pesado) era radicalmente diferente do mundo subjetivo da mente e da experiência “interior”.

 

A perda do senso trágico, destaca sobre Arthur Miller, no prefácio de sua peça “A Morte do Caixeiro Viajante”, que faz reveladores comentários sobre a falta do sentido trágico de nossos tempos. O personagem trágico, escreve, “é aquele que está pronto a entregar sua vida, se preciso for, para garantir senso da própria dignidade”. E “O direito trágico é uma condição da vida, segundo a qual a personalidade humana é capaz de florescer e realizar-se”. Tais condições existiam nos períodos da história ocidental em que grandes tragédias foram escritas. Basta considerar a Grécia do século V, quando Esquilo e Sófocles produziram as vigorosas tragédias de Édipo, Agamenón e Orestes, ou a Inglaterra da época elisabetana, quando Shakespeare criou Lear, Hamlet e Macbeth.

 

Tornar-Se Pessoa - Um Empreendimento. Qualquer organismo que deixe de cumprir suas potencialidades adoece. As pernas se atrofiariam caso a pessoa não andasse. Mas seu vigor não seria a única perda. A circulação sanguínea, as batidas cardíacas, todo o organismo enfraqueceria. Igualmente, caso o homem não preencha suas potencialidades como pessoa humana, torna-se limitado e doente. Esta é a essência da neurose — as aptidões em desuso, bloqueadas por condições hostis do ambiente (passado ou presente) e por conflitos interiorizados, voltam-se para dentro, causando a morbidez. “Energia é a eterna delícia”, disse William Blake. “Aquele que deseja, mas não age cria pestilência”.

 

Kafka foi um mestre na sombria tarefa de pintar pessoas que não usam seus talentos e que, portanto, perdem o senso da própria individualidade. O protagonista de “O Processo” e “O Castelo” não tem nome — é identificado somente por uma inicial, símbolo mudo da sua falta de identidade. Na terrível parábola “Metamorfose”, Kafka demonstra o que acontece quando o ser humano renúncia as suas potencialidades. O herói da história ó o típico rapaz moderno, vazio, levando urna vida rotineira de vendedor, voltando a intervalos regulares para sua casa de classe média, comendo roast beef todos os domingos, enquanto o pai adormece à mesa.

 

A experiência do próprio corpo e sentimentos. A atitude impessoal, desligada, em relação ao corpo manifesta-se também no modo como reage a maioria das pessoas, ao adoecer. Falam na voz passiva: “Fiquei doente”, imaginando o corpo como um objeto, exatamente como diriam: “Fui atropelado por um carro”. Em seguida dão de ombros e consideram sua responsabilidade cumprida indo para a cama e colocando-se inteiramente nas mãos de um médico e das novas drogas milagrosas. Utilizam assim o progresso científico como racionalização da passividade: sabem que os germes, vírus ou alergias atacam o corpo e sabem também que a penicilina, a sulfa ou alguma outra droga é capaz de curá-las. A atitude em relação à doença não é a da pessoa autoconsciente, que sente o corpo como parte de si própria, e sim da pessoa compartimentalizada, que poderia manifestar sua atitude passiva com a seguinte sentença: “O pneumococo fez-me adoecer, mas a penicilina curou-me”.

 

A luta para ser. Para a maioria, sobretudo os adultos que procuram vencer experiências anteriores que os impediram de tornar-se pessoas independentes, alcançar a autoconsciência significa lutas e conflitos. Descobrem que é necessário não só aprender a sentir, a experimentar e a querer, conforme indicamos no capítulo anterior, mas também lutar contra o que os impede de sentir e querer. E percebem que estão atados por determinadas cadeias. Em essência, são os elos que os prendem aos pais, em nossa cultura, especialmente à mãe. A luta por esta liberdade surge num dos maiores dramas de todos os tempos, o de Orestes. Estudemos o problema através do drama. Isso nos ajudará, não só porque uma perspectiva histórica lança nova luz sobre o presente, mas também porque as verdades mais profundas da experiência humana, como as do drama de Édipo, ou do livro de Jó, emergem claramente de suas formas clássicas, que vêm resistindo ao passar dos tempos. Caso se limite a conservar-se, então a vida é apenas não morrer, e a existência humana não pode ser distinguida de qualquer absurdo vegetal.

 

Liberdade e força interior, além do mais, se não os enfrentarmos abertamente, o ódio e o ressentimento tenderão, mais cedo ou mais tarde, a transformar-se num afeto que nunca faz bem a ninguém: autocomiseração. Autocomiseração é a forma “preservada” do ódio e do ressentimento. Pode-se alimentar o ódio e preservar o equilíbrio psicológico sentindo pena de si mesmo, consolando-se com a ideia de que sua sorte é terrível, de que se está sofrendo muito, e deixando assim de agir positivamente.

 

A liberdade revela-se no ajuste da própria vida com as realidades — tão simples como descansar e alimentar-se, ou tão importantes como a morte. Meister Eckhart expressou seu approach da liberdade num de seus argutos conselhos psicológicos: “Quando você se sente tolhido é porque sua atitude está desajustada”. A liberdade está implícita quando aceitamos as realidades, não por cega necessidade, e sim por opção. Optar por si mesmo, uma vez que somos livres para morrer, também somos livres para viver. Os padrões rotineiros foram rompidos: não mais existimos como resultado acidental de nossos pais nos terem concebido, ou de crescer e viver como um item infinitesimal no encadear de causa e efeito, casando-se, procriando, envelhecendo e morrendo. Uma vez que poderíamos ter morrido, mas decidimos não o fazer, todos os nossos atos, daí em diante, são até certo ponto possíveis por causa desta opção e possuem, portanto, seu particular elemento de liberdade.

 

Adão e prometeu, os primeiros hebreus que colocaram o mito no livro do Gênesis poderiam tê-lo transformado numa ocasião para cantos celestiais de regozijo, pois foi neste dia – e não no da criação de Adão – que o ser humano nasceu. Mas o surpreendente é que tudo isto é representado como se tivesse acontecido contra a vontade e os mandamentos de Deus. Podemos esclarecer esta estranha contradição do mito de Adão se observarmos os mitos gregos paralelos de Zeus e dos outros deuses do Olimpo, surgidos na mesma época. O mito grego mais próximo à história de Adão é o de Prometeu, que roubou fogo dos deuses e deu-o aos seres humanos para que se aquecessem e produzissem. O enraivecido Zeus, observando, uma noite, um brilho na terra, verificou que os mortais possuíam fogo e, agarrando Prometeu, arrastou-o ao Cáucaso, acorrentando-o ao pico de uma montanha. A tortura imaginada pela fértil imaginação de Zeus foi mandar que um abutre se banqueteasse com o fígado de Prometeu e que a víscera crescesse durante a noite, para que a ave novamente o atacasse, atormentando-o eternamente.

 

Não há dúvida de que existe rebelião contra a divindade, tanto nas ações de Adão, como nas de Prometeu. Este é o angulo que dá sentido aos mitos. Gregos e hebreus sabiam que quando o homem tenta saltar sobre suas humanas limitações, quando comete o pecado de ultrapassar- se (como fez Davi ao tomar a mulher de Urias) ou comete hubris (como o orgulhoso Agamenón ao conquistar Tróia), ou se arroga o poderio universal (como na moderna ideologia fascista), ou sustenta que seu conhecimento limitado é a verdade definitiva (como a pessoa dogmática, seja religiosa ou cientista), então ele se torna perigoso. Sócrates tinha razão: o início da sabedoria é a admissão da própria ignorância, e o homem pode utilizar criativamente suas forças e até certo ponto transcender de suas limitações somente quando com humildade e franqueza admite essas limitações. Os mitos são sadios em sua advertência contra o falso orgulho.

 

Quando a pessoa consegue dizer “não” ao impulso para ser “cuidada”, quando, em outras palavras, tem a coragem de ficar sozinha, pode então falar com autoridade. A recusa de Spinoza em fugir à excomunhão de sua igreja e comunidade não significaria que vencera a mesma luta interior pela integridade, pela capacidade de não temer a solidão, sem as quais a Ética, certamente uma das maiores obras de todos os tempos, não teria sido escrita? Contudo, Spinoza faz uma declaração que irrompe como uma aragem fresca no pântano mórbido e nevoento da dependência religiosa: “Quem ama a Deus não deve esperar ser por ele amado”. Nesta expressiva frase fala o homem corajoso, que sabe que a virtude é felicidade, e não um recibo para obtê-la; que o amor de Deus é a sua própria recompensa; que a beleza e a verdade devem ser amadas porque são boas, e não porque redundarão em crédito do artista, cientista, ou filósofo que as ama.

 

Um dos sinais distintivos da força do self é a capacidade para mergulhar na tradição e conservar ao mesmo tempo a própria singularidade. É isto o que os clássicos da literatura, da ética, ou de qualquer outra esfera deveriam causar. Pois a essência de um clássico é emergir de tais profundezas da experiência humana que, como as obras de Isaías, a tragédia cie Édipo, ou O Caminho de Lao-tzu, seja capaz de comunicar-se conosco, que vivemos séculos mais tarde, em culturas inteiramente diversas, falando-nos com a voz de nossa experiência, ajudando-nos a compreender melhor a nós mesmos e a enriquecer-nos, despertando ecos que talvez não soubéssemos existir. “Um abismo atrai outro abismo”, diz o salmista. Não é necessário seguir literalmente o conselho de Jung sobre os arquétipos, ou “o coletivo inconsciente”, para concordar que quanto mais a pessoa aprofunda a própria experiência (digamos: ao defrontar-se com a morte, ou o amor, ou no relacionamento familiar), tanto mais sua experiência terá elementos em comum com outras semelhantes, de homens de diferentes épocas e culturas.

 

Coragem, a virtude da maturidade, explica sobre esse prisma que, não nos referimos sobretudo à coragem necessária a enfrentar ameaças externas, como a guerra e a bomba atômica. Referimo-nos antes à coragem como qualidade interior, como maneira de nos relacionarmos conosco mesmo. e com nossas aptidões. À medida que alcançarmos este animo para nos enfrentarmos é possível com maior equanimidade enfrentar as ameaças de uma situação externa. “Coragem, em última análise”, segundo o neurobiólogo Dr. Kurt Goldstein, “nada mais é senão uma resposta afirmativa aos choques da existência, que precisamos suportar para atualizar a nossa própria natureza”.

 

Prefácio ao amor, a maioria dos relacionamentos humanos surge, naturalmente, de um misto de motivos e inclui uma combinação de diferentes sentimentos. O amor sexual, em sua forma amadurecida, entre homem e mulher, é em geral mistura de duas emoções. Uma é o “eros” — o impulso sexual em direção ao outro, e que faz parte da necessidade de realização do indivíduo. Há dois e meio milênios, Platão imaginou o “eros” como o impulso de cada individuo para unir-se ao complemento de si mesmo — o impulso para encontrar a outra metade do “andrógino” original, o ser mitológico que era tanto homem como mulher. O outro elemento do amor amadurecido entre homem e mulher é a afirmação do valor e dignidade da outra pessoa, e que incluímos na definição de amor que vem a seguir.

 

A coragem para distinguir a verdade. “Verdade” para nós não significa apenas, ou principalmente, fatos científicos. O importante é que os fatos sejam verídicos. Se alguém recapitular as últimas doze questões que o perturbaram — sobre as quais teve que ponderar, para descobrir se era verdadeiro aquilo em que acreditava perceberá que poucas tinham algo a ver com assuntos passíveis de serem provados por métodos científicos. O homem não vive apenas no presente, viver esperando o futuro é a fuga habitual das pessoas sem cultura; viver do passado talvez seja a fuga das sofisticadas. Em análise, as últimas sabem que não é moda imbuir-se de esperanças em recompensas celestiais, mas aprenderam que é respeitável falar no passado, uma vez que os problemas fundamentais de cada um têm raízes na infância.

 

A sugestão prática é a seguinte: a meta do homem ó viver cada momento com liberdade, sinceridade e responsabilidade. Desta maneira realizará, nas possibilidades de sua natureza, sua tarefa evolucionária. Se o jovem professor eventualmente termina seu livro ou não, a questão é secundária: o principal é saber se ele, ou qualquer outra pessoa, escreve e pensa em determinada sentença ou parágrafo o que acredita “obter os elogios alheios”, ou o que crê ser verdadeiro e honesto segundo seu entender naquele momento. O jovem marido não pode estar certo de seu relacionamento com a esposa dentro de cinco anos: mas, no melhor dos períodos histéricos, poderia alguém ter certeza de viver mais unia semana ou um mês? A instabilidade do nosso tempo não nos ensinará a mais importante de todas as lições t'do e, que os critérios máximos são a honestidade, a Integridade, a coragem e o amor em determinado momento de Integração? Se não temos isso não estamos construindo para o futuro. Se o possuímos, podemos deixar o futuro por sua conta.

 

Portanto a leitura do livro é recomendada, exemplar com uma linguagem técnica que nós leva a um ambiente distinto da nossa habitualidade, no entanto com os exemplos que são apresentados no decorrer da obra o estudo se torna mais fluído e eficaz, notadamente observa a forma como escreve de rara sensibilidade e simplicidade, mesmo em assuntos específicos, dá ênfase aos males do homem, bem como o isolamento e ansiedade, a falta de certezas ocasionadas pelas mudanças de nossa sociedade atual, com os meios para alcançar a estabilidade em um mundo instável. Com ensino de como o ser humano poderia alcançar um real conhecimento de nós mesmos que nos trará liberdade e coragem, reiteramos assim que seja lido a obra referenciada.

 

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Ferreira Avelar Advocacia (Iporá-GO. Israelândia-GO). Consultoria e Assessoria Jurídica!

 

Livro – O Homem à Procura de Si Mesmo. Rollo May.


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