LIVRO – TODOS OS CAMINHOS LEVAM A ROMA – SCOTT E KIMBERLY HAHN.




LIVRO – TODOS OS CAMINHOS LEVAM A ROMA – SCOTT E KIMBERLY HAHN.


A obra é escrita por um casal Scott e Kimberly Hahn que eram ambos devotos presbiterianos. Kimberly era uma ótima estudante de teologia; Scott, um brilhante estudioso da Bíblia e um ferrenho militante anticatólico. Até descobrir que o “inimigo” tinha todas as respostas certas. No exemplar há a descrição da conversão de ambos ao catolicismo que tanto se posicionavam contrariamente. Dessa maneira a obra é dividida da seguinte maneira: do berço a cristo; do apostolado ao casamento; novas concepções da aliança; ensinar e viver a aliança em família; Scott á procura da igreja; ir a Roma é voltar para casa; as dificuldades de um casamento misto; uma “Roma-ântica” reunião e a vida de uma família católica.

 

 

O relato da conversão dos Hahn, escrito com simplicidade e humor, já cativou os corações de muitos. Na obra autoral do casal, eles contam a incrível jornada espiritual de sua volta para casa, a Igreja Católica. Destacam sobre como foi descrever um poderoso testemunho de amor pela verdade e pelas Sagradas Escrituras, certamente será para todos os leitores uma fonte de inspiração e um sinal do esplendor da fé católica, com inúmeras curiosidade em especial no período em que houve um relação conjugal entre um praticante de um religião e o outro seguindo outra doutrina, com dificuldades no cuidar e educar os filhos e as conversas cotidiano de marido e mulher em que professavam a fé em instituições distintas.

 

Destacado na apresentação da obra por Peter Kreeft, que certamente solidas razões religiosas que explicam a força do livro, uma delas segundo ele é o evidente amor que os autores possuem a Cristo, bem como, em segundo lugar destaca o conhecimento da Sagrada Escritura, uma terceira razão é a forma que têm de harmonizar – como Cristo – a ortodoxia bíblica e católica com o personalismo moderno e a sensibilidade contemporânea. Em outros termos, o amor à verdade e às pessoas, à doutrina e ao discípulo. Esse duplo amos é o principal segredo dos grandes mestres, por último está a sua consideração teleológica da família, tanto biológica como espiritual (a Igreja como família). Hoje em dia esta base fundamental de toda a sociedade divina e humana sofre duros ataques, e parece estar morrendo diante dos nossos olhos. Scott e Kimberly são dois soldados do exército de São Miguel Arcanjo que contra-ataca a última invasão do maligno, o Velho Coisa Ruim.

 

Na parte em que se apresenta o Professor Dr. Felipe Aquino, destaca que o exemplar se refere a uma emocionante conversão do casal para o catolicismo, indica que o Dr. Scott Hahn é hoje um grande teólogo católico. Foi pastor presbiteriano, utilizava todas as suas forças para converter pessoas da Igreja Católica para o protestantismo, até que ele mesmo veio a converter-se ao catolicismo. Diz que Scott tem, em sua casa, cerca de 40.000 livros catalogados. Seus orientado de doutorado estudam em sua biblioteca particular. Os livros que ele já escreveu foram recomendados por mais de dez bispos e cardeais americanos. Prega nos EUA o no mundo todo sobre a Bíblia e a fé católica.

 

Destaca Scott, ser o mais novo dos três filhos de Molly Lou e Fred Hahn. Batizado como presbiteriano, criei-me num lar nominalmente protestante. A religião tinha pouco significado tanto para min como para a minha família, e mais por razoes sociais do que convicções profundas. Diz que ele recorda a última dez que ele foi à igreja que a família frequentava. O ministro pregava unicamente sobre as suas dúvidas a respeito do nascimento virginal de Jesus e da sua ressurreição corporal. Relembra Scott que teve uma juventude rebelde, proveniente de seu comportamento teve uma condenação a passar um ano num centro de detenção por uma série de acusações, houve uma redução para seis meses de liberdade condicional. Diz que no ensino médio um amigo chamado Jack, que fazia parte de um movimento religioso para jovens, tendo sido convidado a participar de um retiro, mas Scott recusou, voltando atrás, quando soube de Kathy estaria lá.

 

Relembra que o pregador do retiro apresentou o Evangelho de um modo simples, mas ao mesmo tempo motivador. Na primeira noite disse-nos: “repare na Crus. E se tiver a tentação de não levar a sério os seus pecados, lance um olhar intenso e demorado para ela”. Fez-me dar conta, pela primeira vez, de que foram os meus pecados que cravaram realmente Jesus na Cruz.

 

            O livro segue as narrativas tanto de Scott quanto de Kimberly de maneira alternada, numa sequência de eventos até a conversão de ambos ao catolicismo. Dessa feita Kimberly destaca que desde quando nasceu, seus pais a cobriram de oração, denota que eles a alimentaram com a Palavra de Deus, ao mesmo tempo que me alimentavam com ervilhas e batatas. Batizaram-na ainda bebê, e transmitiram a fé, desde o primeiro momento. Destaca ela que acredita que a Bíblia era verdadeira porque eles o diziam. Contudo, há sempre um momento em que cada um tem que decidir se as pretensões de Jesus sobre a vida são realmente verdadeiras ou não.

 

            Releva que Scott disse a ela que deveriam interromper os encontros, pois disse ele que se assim continuassem ele acabaria apaixonado por ela. E naquele ano não tinha tempo para apaixonar. Talvez ano que vem. Então disse Scott que deveriam deixar de sair juntos. Deixaram de sair juntos, mas continuaram a trabalhar juntos. Relembra que embora ainda não andavam mais juntos, porém, ambos tinham estabelecido uma sólida base para um futuro noivado. Sem que ela soubesse, ele já tinha dito a algumas pessoas, que tinha decidido voltar à universidade para se comprometer e se casar com Kimberly Kirk. Lá para finais do verão, eu também tinha um profundo pressentimento de que ele era a pessoa indicada para mim.

 

            No capítulo destacado como novas concepções da aliança, fala sobre o seminário teológico que fez, diz que, quando estava no segundo ano Kimberly se matriculava no primeiro ano, e que ela havia dedicado ao estudo sobre a contracepção. Menciona Scott que a respeito desse assunto, mediante pesquise que fez, destacou que até 1930 a posição de todas as Igrejas Cristãs em relação a este tema tinha sido unânime: a contracepção era errada em qualquer circunstância. Sem entender muito sobre o tema, foi convidado por Kimberly para ler um livro (O controle de natalidade e a aliança matrimonial, de John Kippley). Mas Scott se deparou com um escritor católico, contrário ao catolicismo, mesmo assim foi ler o livro e percebeu que o que o escritor dizia fazia sentido.

 

            Ensinando que o casamento não é um mero contrato, envolvendo apenas um intercambio de bens e serviços. O casamento é sobretudo uma aliança que implica um intercambio de pessoas. O argumento de Kippley era que qualquer aliança tem um ato pelo qual se consuma e se renova; e que o ato sexual dos cônjuges é um ato de aliança. Quando a aliança matrimonial se renova, Deus utiliza-a para dar uma nova vida. Renovar a aliança matrimonial e usar contraceptivos para evitar uma potencial nova vida seria tanto como receber a Eucaristia para em seguida cuspi-la no chão, o ato conjugal demonstra de modo único o poder doador de vida do amor na aliança matrimonial. Quando Deus fez o homem e a mulher, o primeiro mandamento foi que sejam fecundos e se multipliquem. Era assim uma imagem de Deus: Pai, Filho e Espírito Santo, três em um, a família divina. De maneira que quando “os dois se fazem um” na aliança matrimonial, o “um” torna-se tão real que nove meses depois podem ter que lhe dar um nome! O filho encarna a unidade da sua aliança.

 

            Relembra que todas as vezes que o casal Scott e Kimberly realizavam um ato conjugal, realizávamos algo sagrado; e que saca vez que frustravam o poder do amor de dar a vida com a contracepção, fazíamos algo profano (tratar algo sagrado de forma comum profana-o, por definição). Scott diz que ficou impressionado, mas não quis reconhecê-lo. Kimberly perguntou-me o que pensava do livro: disse que era interessante. Pouco depois comecei a ver como ela convencia os meus amigos, um a um. Alguns dos mais inteligentes e bem formados mudaram de opinião! Foi então que descobri que todos os reformados – Lutero, Calvino, Zwingli, Knox, e todos os outros – tinham mantido sobre esta questão a mesma posição da Igreja Católica. Isso perturbou-me ainda mais. A Igreja Católica era a única Igreja Cristã em todo o mundo que tinha a valentia e a integridade de ensinar esta verdade tão impopular. não sabia o que pensar, e por isso apelei para um velho ditado de família: “até um porco cego encontrar uma bolota”. Ou seja, ao fim de dois mil anos, até a Igreja Católica finalmente acertava um algo. Católica ou não, era verdade, então o casal abandonou os contraceptivos e passaram confiar no Senhor de um modo novo os nossos projetos de família.

           

            Prosseguindo no exemplar, certa vez Scott perguntou uma noite, no jantar, como ia o estudo de Kimberly sobre a contracepção, e ela disse o que ela podia dizer. Então ele pediu a ela que lesse o livro do John Kippley, O controle de natalidade e a aliança matrimonial. Scott encontrou neste livro o fundamento dos meus argumentos, mas, ainda, viu como Kippley aplicava a ideia da aliança ao casamento para explicar por que a contracepção é imoral, fazendo a seguinte comparação: tal como acontecia na Roma antiga, em que as pessoas participavam num banquete e depois vomitavam o alimento que acabavam de ingerir (para evitar as consequências dos seus atos), o mesmo se passa com os esposos que celebram um banquete no ato conjugal mas se opõem ao poder de dar vida que tem o ato de renovação da sua aliança. Estas ações são contrarias à lei natural e à aliança entre os esposos.

 

            Agora compreendia a razão pela qual a Igreja Católica se opunha à contracepção. Mas o que dizer dos métodos de planejamento familiar natural? Não seriam simplesmente a versão católica do controle de natalidade? A primeira Epístola aos Coríntios (7, 4-5) fala de períodos nos quais os esposos poderiam abster-se de manter relações sexuais para se dedicarem à oração, reatando depois as suas relações, não deixando a Satanás nenhum resquício por onde entrar no seu casamento.

 

            No capítulo em que destacam sobre ensinar e viver a Aliança em família, Scott destaca que um amigo numa manhã, dele e de Kimberly e disse a eles: tenho estudado a liturgia. É apaixonante! Recordo que lhe respondi: “A única coisa que me parece mais aborrecida do que a liturgia são os sacramentos. Era essa a minha atitude no seminário, porque a liturgia e os sacramentos não eram coisas que estudássemos, não era parte de nossa bagagem cultural. Mas aprofundar no estudo da Epístola aos Hebreus e do Evangelho de São João fez-me ver que a liturgia e os sacramentos eram parte essencial da vida da família de Deus. A partir desse momento, o romance de espionagem foi-se convertendo gradualmente numa história de terror. Repentinamente, e para meu desconcerto e frustração, a Igreja Católica, que eu combatia, começava a apresentar as respostas corretas, um após outra. Mas alguns casos, e a coisa começou a tornar-se aterradora.

 

            Nos ensinos durante a semana em um colégio cristão sobre a Sagrada Escritura e a Aliança como família de Deus e a aliança que Deus havia traçado com sei povo. Tracei uma cronologia para lhes mostrar como cada Aliança instituída por Deus representava o modo como Ele foi formado a sua família ao longo dos tempos. A Aliança com Adão assumiu a forma de um matrimonio; a Aliança com Noé tomou a forma de um lar; com Abrão tomou a forma de uma tribo; a Aliança com Moisés transformou as doze tribos numa família nacional; a Aliança com David estabeleceu Israel como um reino família nacional; em contrapartida, Cristo instituíra a Nova Aliança como a família mundial, ou “católica” (do grego Katholikós), de Deus, de modo a compreender todas as nações e todos os homem, tanto judeus como gentios.

 

            Conta Scott, sobre as aulas de História de Igreja, um dos melhores alunos (um ex-católico) expos um trabalho sobre o Concílio de Trento, e quando acabou me fez uma pergunta embaraçosa, que nunca tinha ouvido. Disse: Professor Hahn, o senhor nos ensinou que a doutrina da sola fide (doutrina da justificação pela Fé, é a doutrina que distingue denominações protestantes da Igreja Católica Romana, Igreja Ortodoxa e outras) não é bíblica, e que esse grito de guerra da Reforma não tem fundamento quando se confronta com as Cartas de Paulo. Como bem sabe, o outro grito de Guerra da Reforna foi a sola Scriptura: que a Bíblia é a nossa única autoridade, em lugar do Papa, os concílios ou a tradição. Professor, onde é que a Bíblia ensina que “a Escritura é a nossa única autoridade”? fiquei olhando para ele e comecei a sentir um suor frio. Nunca tinha ouvido essa questão. Respondi como qualquer professor apanhado desprevenido responderia: “que pergunta tão tola!” mas, assim que essas palavras saíram da minha boca senti-me derrotado, pois tinha prometido a mim mesmo que, como professor, nunca usaria essa expressão.

 

            O aluno ainda questionando. De acordo, mas então me dê pelo menos uma resposta tola: disse-lhe: vejamos primeiro Mateus 5, 17 e depois 2 Timóteo 3, 16-17: Toda a Escritura inspirada por Deus é útil para ensinar, para rebater, para corrigir e para formar na justiça, de modo que o homem de Deus seja perfeito, e preparado para toda a obra boa”. E depois podemos ver também o que diz Jesus acerca da tradição em Mateus 15. A sua resposta foi cortante: - Mas, professor, Jesus não estava condenando toda a tradição em Mateus 15, mas só a tradição corrupta. Quando 2 Timóteo 3, 16 menciona “toda a Escritura” não diz “só a Escritura” é útil. Também a oração, a evangelização e muitas outras coisas são essenciais. E o que dizer de 2 Tessalonicenses 2, 15? Balbuciei debilmente, o que é que diz ai? Paulo diz aos Tessalonicenses: “portanto, irmãos mantende-vos firmes e guardai as tradições que haveis aprendido de nós, de palavra ou por carta”. Sai pela tangente: - Ouve, John, estamos nos afastando do tema. Avancemos um pouco mais e voltaremos a falar sobre isso na próxima semana.

 

Scott procura a Igreja. Uma noite, finalmente, aconteceu. Estávamos conversando sobre a Escritura eu e meu amigo Gerry, já fazia quase uma hora, quando de repente senti a necessidade de lhe ler um fragmento de O espírito e as formas do protestantismo, do padre Louis Bouyer. Não pensava dizer-lhe o título nem o autor, nem sequer a crença religiosa. Só queria ver a sua reação. Depois de uma pausa, Gerry exclamou: puxa, Scott, isso está muito bem escrito! De quem é? A sua resposta me deixou sem respiração, pois não imaginei que gostasse, quase sem voz respondi: Louis Bouyer. Nunca ouvi falar dele... O que é? Anglicano? Não. Luteranos? Também não. Metodista? Não. Então, Scott, o que é isto? Uma advinha? Deixe de brincadeiras. É o quê? Tapei a boca e murmurei: católico. Ouvi Gerry bater no telefone e dizer: Scott, acho que tenho um problema na linha e não consegui ouvir o que você falou. Balbuciei um pouco mais alto: disse que é católico. Scott, deve haver um problema. Foi o que disse Gerry, na verdade tenho lido muitos livros católicos ultimamente. Confesso que encontrei ouro. Não sei por que no seminário nunca nos falaram dos pensadores e teólogos mais brilhantes dos tempos modernos, homens como Heriq de Lubac, Reginald Garrigou-Lagrange, Joseph Ratzinger, Hans Urs von Balthasar e Matthias Scheeben. São magníficos – apesar de estarem errados – são uma mina de ouro. Gerry ficou pasmado. Calma, Scott, o que está acontecendo? Gerry, preciso da sua ajuda – suspirei. Claro que ajudo. Me mande uma lista dos títulos que leu, e eu lhe mando outra com os melhores títulos anticatólicos que conheço. Foi assim que enviei a Gerry uma lista dos melhores livros de teologia que tinha lido. Quando recebi a lista dele, verifiquei que já tinha lido todos os títulos que ele me recomendava.

 

Depois de um mês, Gerry voltou a telefonar. Kimberly mal podia conter a ansiedade. No mês corrido desde a nossa última conversa Gerry tinha lido todos os livros da minha lista, e até alguns mais. E agora pedia-me: por favor, pode me mandar mais alguns títulos? Quero ser verdadeiramente imparcial. Para Kiberly, Gerry era uma espécie de cavaleiro da reluzente armadura” enviado por Deus para resgatar o seu esposo da heresia. E tinha credenciais para tanto. Era um erudito Phi, Beta, Kappa (mais antiga sociedade de honra nas áreas de ciência e arte liberal dos Estados Unidos da América), que se graduara em grego clássico e em latim, e fizera estudos em hebreu e de arameu. Estava, portanto, mais do que preparado para o combate. Gerry, que supostamente iria me ajudar-me, acabou por fraquejar. Começou a estudar mais a fundo a Escritura e, como consequência, descobriu todo o sentido da fé católica á luz da teologia da Aliança e dos primeiro Padres da Igreja.

 

Revela sobre o terço de plástico que havia ganhado de presente e enfrentando um obstáculo mais fortes de todos: Maria (os católicos não sabem como é duro para os cristãos bíblicos aceitarem as doutrinas e a devoções marianas). Mas eram tantas doutrinas da Igreja Católica que se tinham mostrado solidamente baseadas na Bíblia, que decido dar um passo de fé neste ponto. Fechei-me no escritório e rezei silenciosamente: “Senhor, a Igreja Católica demonstrou estar na verdade em noventa e nove por cento dos casos. O único obstáculo que subsiste e Maria. Peço-te perdão de antemão se o que vou fazer te ofende... Maria, se és apenas metade do que a Igreja Católica diz que és, por favor, apresenta a minha petição – que parece impossível – ao Senhor mediante oração. Rezei então pela primeira vez o terço. Voltei a rezá-lo muitas outras vezes pela mesma intenção ao longo da semana seguinte, mas depois esqueci-me do assunto. Três meses mais tarde me dei conta de que desde o dia que tinha começado a rezar o terço aquela situação aparentemente impossível se tinha alterado completamente. A minha petição tinha sido ouvida!

 

Agradeci a deus a sua misericórdia e voltei a utilizar o terço, que não deixei de rezar desde esse dia. É uma oração poderosa, uma arma incrível, que ilumina o escândalo da Encarnação: o Senhor elegeu uma humilde virgem camponesa e elevou-se para ser aquela que daria a natureza humana sem pecado á segunda Pessoa da Santíssima trindade, para que pudesse tornar-se nosso Salvador. Em uma ligação com um amigo de faculdade que estava tirando-me saro, por ser devoto de Maria, disse a ele, escute Chris, você sabe muito bem que os católicos não “adoram” Maria; simplesmente a veneram. Recorde dois princípios bíblicos básicos. Primeiro: você sabe que, como homem, jesus Cristo cumpriu à perfeição a lei de Deus, incluindo o mandamento de honrar pai e mãe. A palavra hebraica para honrar, kobodah, significa literalmente “glorificar”. Ou seja, que Cristo não só honrou o seu Pai Celeste, como também honrou perfeitamente a sua mãe terrena, maria, outorgando-lhe a sua própria gloria divina. O segundo princípio é ainda mais simples: a imitação de Cristo. Imitamos Cristo não só honrando as nossas próprias mães, como também honrando aqueles que Ele honra, e como o mesmo tipo de honra que Ele lhe dá. Segui uma longa pausa, antes que Chris disse: nunca tinha ouvido as coisas apresentadas desse modo. Para ser franco, eu também não. Chris, isto é apenas um resumo do que os Papas têm dito ao longo dos séculos sobre a devoção a Maria. Chris, voltou ao ataque: uma coisa são os Papas, mas onde e que isso aparece na Escritura? Chris, Lucas 1, 48 diz: “porque atentou para a humildade de sua serva; pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada” é isso que faz o terço cumprir a Escritura.

 

Ainda sobre a conversa com o amigo Chris, Scott, asseverou a ele que “a partir de então, senti que a recitação do terço me ajudava a aprofundar na minha própria compreensão da Bíblia. A chave era, obviamente, a meditação dos quinze mistérios, mas também me dei conta de que a própria oração confere uma certa perspicácia teológica para considerar todos os mistérios da nossa fé de acordo com algo que ultrapassa muito – mas não se opõe – a capacidade racional do intelecto: é o que alguns teólogos designaram como - a glória do amor”. Destacando que descobriu pela primeira vez essa “lógica do amor” ao contemplar a Sagrada Família em Nazaré, modelo de todo lar. A Sagrada Família, por sua vez, apontava para a Aliança e, em última instância, para a própria vida íntima de Deus como eterna Sagrada Família: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, podendo identificar a Igreja Católica como a expressão terrena da família da Aliança de Deus.

 

Segue recontando um encontro em que teve com o seu amigo o doutor John Gerstner – teólogo calvinista – a certa altura daquela ocasião seu amigo perguntou a Scott, que suporte bíblico encontra você para o Papa? Doutor Gerster, o senhor recorda do Evangelho de Mateus enfatiza o papel de Jesus como Filho de David e Rei de Israel, enviado pelo Pai para inaugurar o reino dos céus? Creio que Mateus 16,17-19 nos mostra como jesus estabeleceu esse Reino. Deu a Simão três coisas: primeiro, um novo nome, Pedro (ou Pedra); segundo, o seu compromisso de edificar a sua Igreja sobre Pedro; e, terceiro, as chaves do Reino dos Céus. É este terceiro aspecto que me parece mais interessante, Jesus está referindo a Isaías 22.20-22 (E será naquele dia que chamarei a meu servo Eliaquim, filho de Hilquias; E vesti-lo-ei da tua túnica, e cingi-lo-ei com o teu cinto, e entregarei nas suas mãos o teu domínio, e será como pai para os moradores de Jerusalém, e para a casa de Judá). Ezequias, o herdeiro do trono real de David e rei de Israel nos tempos de Isaías, substitui o seu velho primeiro-ministro, Chebna, por uma novo, Eliacim. Qualquer pessoa podia dizer qual dos membros do gabinete real era o novo primeiro-ministro, pois tinham-lhe sido entregues as chaves do Reino. Ao confiar a Pedro “as chaves do Reino”, Jesus estabelece o cargo de primeiro-ministro para administrar a Igreja como o seu Reino na terra.

 

Continuando com o diálogo com o doutor Gerstner, mencionou a ele o seguinte, tanto protestantes como católicos estão de acordo em que Deus deve ter tornado infalível Pedro pelo menos em duas ocasiões: quando escreveu a Primeira e a Segunda Epístola de Pedro, por exemplo. Ora, se Deus o pode tornar infalível para ensinar com autoridade por escrito, por que é que não podia preservá-lo do erro ao ensinar com autoridade em pessoa? Do mesmo modo, se Deus por fazer isso com Pedro e com os outros apóstolos que escreveram a Escritura, por que não podia fazer o mesmo com os seus sucessores, especialmente ao prever a anarquia a que se chegaria se não o fizesse? Por outro lado, como podemos estar seguros de que os vinte e sete livros do Novo testamento são em si mesmos a infalível Palavra de Deus se foram Papas falíveis e concílios falíveis que nos deram essa lista?

 

Scott, revela sobre os artigos escritos por ele defendendo e fundamentando as posições católicas. Diz que desenvolveu os argumentos acerca de Mateus 16,17-19 num trabalho de 30 páginas intitulado “Pedro e as chaves” para um seminário sobre o Evangelho de Mateus. O professor, um protestante, examinou-se durante mais de uma hora, mas reconheceu que não encontrava nenhuma falha na minha argumentação. Diz ainda que um dia tinha chegado o momento de ir sozinho à Missa. Tomei finalmente a resolução de atravessar as portas da Gesú, a paróquia de Marquette University. Um pouco antes do meio-dia, fui silenciosamente até a cripta da capela para a Missa diária. Não tinha a certeza do que ia encontrar; talvez ficasse só com o sacerdote ou com um par de freiras mais velhas. Sentei-me no último banco, observando. Entrevam pessoas e faziam a genuflexão. Soou uma companhia, e um sacerdote dirigiu-se para o altar. Eu continuei sentado, duvidando ainda se devia ajoelhar-me ou não. Como evangélico calvinista, tinha aprendido que a Missa católica era o maior sacrilégio que um homem podia cometer – imolar Cristo outra vez -, por isso não sabia o que fazer. Observação e escutava atentamente que as leituras, orações e respostas – tão impregnadas da Escritura - convertiam a Bíblia em algo vivo. Tinha vontade de interromper a Missa e dizer: “Espera. Essa frase é de Isaías; o cântico é dos Salmos. Puxa! Aí está outro profeta nessa oração”. Encontrei muitos elementos da antiga liturgia judaica, que havia estudado tão intensamente.

 

Nunca imaginei que Scott antecipasse a data de sua adesão à Igreja Católica de 1990 para 1986, destaca Kimberly. Acompanhei Scott â Missa da Vigília Pascal com uma das minhas queridas amigas protestantes. Lá estava Chris Wolfe, o padrinho de Scott. Em dado momento, Scott inclinou-se e disse-me que Greg Wolfe (não era da família de Chris) ia ser padrinho de Gerry nessa mesma noite, quando ele e a Leslie fossem recebidos na Igreja Católica na Filadélfia. Pouco meses depois de ter sido recebido na Igreja Católica, começaram a assaltar-me algumas dúvidas, não sobre se me tinha enganado ou não ao converter-me ao catolicismo, mas sobre se não tinha cometido um suicídio profissional ao ter ficado sem nenhuma opção de trabalho, tendo falado com seu pai, asseverou que tinha sido considerado uma persona non grata em ambos os lugares. Ninguém pensaria sequer em contratar um pária papista como eu. Scott custa-me ouvir isso. Mas digo-lhe uma coisa: não renuncie ainda à teologia. Você adora estudar e tem um dom para ensinar. Se eu fosse você, ainda continuaria com ela por algum tempo.

 

Kimberly e Scott iniciavam a ter discussões em especial no entendimento da Bíblia, ele já convertido ao catolicismo e ela ainda protestante, tendo chegado ao ápice da discussão, sobre a fala a despeito do fundamento da verdade como sendo a Palavra de Deus, sendo alertado por Scott a sua esposa que São Paulo em 1 Timóteo 3-15 (Mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade), alude a sua esposa que é a Igreja e persistem a divergência do casal. Ao ponto que Kimberly diz que esse ensinamento só existe nas Escrituras católicas, então Scott abriu a minha Bíblia e mostrou-me esse versículo, que não me lembro de ter lido antes, ainda relembra que não tinham simples conversas sobre teologia, mas sim autênticos debates teológicos.

 

Ainda relembra que Scott perguntou a Kimberly, se ela reza a oração que ele reza todos os dias? Diz: “Senhor irei onde Tu quiseres que eu vá, farei o que Tu quiseres que faça, direi o que Tu quiseres que diga, e entregarei o que Tu quiseres que entregue?” Kimberly assevera que não tem feito essa oração, Scott destaca a ela que é ele não crê que ela tenha de ser católica. A questão é: ou Jesus Cristo é o Senhor de toda a tua vida ou não é o teu Senhor. Não diga ao Senhor onde quer ou não quer ir. Diga-lhe que está â isposicao dEle. Isto é o mais importante, mais do que o fato de se tornar católica ou não. Caso contrário, você está endurecendo o coração para o Senhor. Se não consegue rezar esta oração, peça ao Senhor a graça de poder rezá-la, até conseguir. Abra-lhe o coração: pode confiar nEle.

 

Scoot ainda fala da oportunidade em que declarou seu testemunho de conversão ao catolicismo em um debate em que argumentaram durante a primeira parte sobre a doutrina da sola Scriptura; durante a segunda parte, sobre a doutrina da sola fide, e tão logo surgiram oportunidade de trabalho no ano letivo de 1990-1991. Explica no livro ainda sobre a relação â transubstanciação: como pôde Jesus na sua humanidade dar aos seus discípulos na Última Ceia o corpo e o sangue que Ele mesmo tinha ali? Sabia que os católicos ensinavam que se referia a um milagre, no entanto, deveria observar os ensinos da primeira parte do capítulo 6 de São João, sobre os milagres dos pães e dos peixes. Esta milagrosa multiplicação do corpo e do sangue de jesus para a vida do mundo. Mesmo que, considerando a penas a sua humanidade, Jesus não pudesse separar o seu Corpo e o seu Sangue no Cenáculo, para os oferecer aos seus discípulos, Ele nunca foi exclusivamente humano. Dado que Jesus era totalmente divino e totalmente humano, podia estar ali sentado com o seu Corpo e com o seu Sangue, e ao mesmo tempo converter o pão e o vinho no seu corpo e no seu sangue.

 

Conta sobre a perca do quarto filho do casal e no hospital Kimberly, destacando que se as orações do justo são tão poderosas, como diz São Tiago 5, 16, quanto mais as daqueles que já foram purificados? Se posso pedir à minha mãe na terra que reze por mim, e sei que o Senhor ouvirá as suas petições, por que não posso pedir à Mãe de jesus que interceda por mim? Isto não é necromancia: estas almas são de vivos, não de mortos. E não estava pedindo que me predissessem o futuro, estava pedindo que intercedessem por mim, exatamente como peço aos meus irmãos e irmãs em Cristo, aqui na Terra. Não me dirigia a eles em vez de me dirigir a Jesus, mas me dirigia com eles a Jesus, como faço com as pessoas na terra.

 

Ainda relembra Kimberly que em Chicago, Scott e ela descobriram um grupo que se chamava a Sociedade de São Tiago. Ali fizemos amizade com pessoas que tinham as mesmas convicções que nós. Eram pessoas em peregrinação, a caminho, que colocavam muitas das questões que eu colocava. Foi um alívio encontrar pessoas que valorizavam o agonizante esforço que nos custava alcançar uma unidade espiritual, e que se alegravam com as descobertas que iam fazendo. No ano seguinte diz Kimberly que decidiu fazer um curso sobre o Rito de iniciação cristã para adultos (RCIA) da Igreja de Saint Patrick, para resolver as minhas dúvidas de uma forma mais convencional. Em uma das aulas perguntei sobre as imagens e os quadros de Jesus, de Maria e dos santos. Por que permitem e até se estimulam as imagens, se um dos Dez Mandamentos condena fabricar ídolos e prostar-se diante deles? O padre Memenas respondeu com outra pergunta. Kimberly, você tem em sua casa fotos de família? Sim. O que as representam? As fotos me lembram todas as pessoas maravilhosas que eu amo: pais, irmãos, filhos... O que você ama, as fotos ou as pessoas que representam? Claro que as pessoas. Pois essa é a função das imagens e dos quadros: elas nos recordam esses maravilhosos irmãos e irmãs que partiram antes de nós. Nós os amamos e damos graças a Deus por eles.

 

A questão decisiva não é se as imagens devem existir ou não., uma vez que o Antigo testamento, pouco depois de enumerar os Dez Mandamentos, dá instruções especificas acerca das imagens que se devem fazer como parte do Santo dos Santos – do jardim do Éden, e o querubim sobre o propiciatório, por exemplo. Deus até ordenou a Moisés que fizesse uma serpente de bronze sobre uma haste, que o povo devia olhar para ser curado da praga. Ou Deus deu mandamentos contraditórios, ou a ideia do mandamento não é tanto não ter imagens, mas sobretudo não as adorar (como fizeram os judeus no Monte Sinai com o bezerro de ouro). Já na parte final Scott revela os detalhes que o fez encontrar em Roma com o Papa da época (João Paulo II), tendo apertado a mão do pontífice e sendo convidado a assistir a um missa matutina do Papa.

 

Portando a leitura é aconselhada, para ver com detalhes as trajetória de conversão ao catolicismo do casal Hahn, não se trata apenas de um relato da conversão de um pastor protestante, mas sim de uma real e esplendido evento familiar, que se inicia, justamente a partir de uma descoberta teológica feita por sua esposa, Kimberly, narra-se com simplicidade e senso de humor de cada um do casal até com fatos dramáticos na trama, destacando de maneira acessível os principais temas teológicos, interpretação da bíblia, autoridade do Papa, imagens e quadros de Santos e a devoção Mariana, recomendado assim a leitura, independentemente de sua religião o manuscrito é rico em detalhes das Escrituras que por vezes passam despercebidos e estudando esses saberá o que realmente a Palavra nos apresenta.

 

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Ferreira Avelar Advocacia (Iporá-GO. Israelândia-GO). Consultoria e Assessoria Jurídica!

 

Livro – Todos Os Caminhos Levam a Roma – Scott e Kimberly Hahn.



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