LIVRO – CABEÇA DE CAMPEÃO – FRANÇOIS DUCASSE E MAKIS CHAMALIDIS.
LIVRO – CABEÇA DE CAMPEÃO – FRANÇOIS DUCASSE E MAKIS CHAMALIDIS.
O manuscrito trata de um dos temas mais intrigantes dos nossos tempos. Numa era em que a tecnologia e a medicina do esporte dispõem de recursos para preparar verdadeiros super-heróis de quadras, pistas, campos e piscinas, não é só o preparo físico, o treinamento incansável ou o talento que forjam um vencedor. É o preparo psicológico dos esportistas que faz a diferença. E de que modo esse tema, aparentemente tão distante, participa da vida de cada uma de nós, amantes ou não do esporte? Qual o segredo desses homens e mulheres, que tipo de relação eles têm com o medo, a frustração, a vitória e o desafio?
Por mais estranho que possa parecer, o modus operandi de um campeão pode sim permear o nosso dia a dia e refletir na nossa performance de vida. É o que garante o ex-tenista François Ducasse, autor do livro com a colaboração do especialista em psicologia do esporte Makis Chamalidis. Habilidosos, ambos reúnem fatos vividos pelos maiores esportistas dos últimos tempos para ilustrar de que forma é construído o caminho de um campeão e revelam de que maneira aspectos que envolvem a competição e o equilíbrio emocional podem impactar as relações familiares, de trabalho e até de lazer. Este livro é um companheiro de estrada que estimulará o leitor a desenvolver uma verdadeira “cabeça de campeão”.
Os autores apresentam uma gravura com o mapa psicológico, com as regiões do psicológico, destacando o país do sonho, o vale do planejamento, a terra da criação e os doze valores cavalheirescos. Dividindo o livro da seguinte maneira: (Parte I - O Mapa Psicológico) o mapa psicológico; você tem um sonho, mas qual é o seu plano? No final do caminho: a terra da Criação; os dois polos da performance: sofrimento e prazer; (Parte II - A Aura dos Vencedores) a personalidade ajuda a vencer; o rebelde; a força emocional; os campeões se dão o direito de perder? (Parte III – Os Cavaleiros dos Dias de Hoje) a arte e o modo; esporte: atenção, perigo! Os valores que geram os bons campeões; o cavaleiro da Távola Redonda e a busca do Graal; as qualidades e os ideais de quem tem uma cabeça de campeão; (Parte IV – As 36 Regiões do Mapa do Psicológico) a cada um, seu caminho; as 36 qualidade e fundamentos da performance; testes de avaliação de suas qualidades mentais e de seus valores; (Parte V – A Floresta Dos Druidas) mas eu não sou louco! Os especialistas do trabalho psicológico: quem é quem? E dez perguntas para um druida.
Ainda na parte inicial há um prefacio de Bernardinho sobre a obra, destaca que o livro é obrigatório para aqueles que buscam “performance” de qualidade em suas áreas de atividade. Numa viagem fascinante ao mundo dos grandes campeões, o livro tenta investigar o lado “psicológico” e emocional desses personagens que se transformaram em ícones de seus esportes, destaca também como admitir e combater nossos “fantasmas”, entender e desenvolver nossa capacidade de lidar com a pressão, o medo, a frustração, o êxtase das conquistas e tantos outros elementos presentes em nossas trajetórias de vida.
O livro segundo os autores se destaca como sendo uma obra sobre “psicológico” e sobre a trajetória desses personagens fora do comum que chamamos de “campeões”. Ele pretende ajudá-lo, leitor, a conhecer melhor o papel e a importância das qualidades psicológicas na construção de um sonho, no florescimento do talento e na busca pela performance. Segue ensonando sobre o mapa psicológico, que é composto pelos seguintes: país do sonho – qualidades íntimas, aquelas que emergem espontaneamente e que são ligadas ao desejo em suas várias formas: paixão, prazer, ambição, motivação, ideal e entusiasmo; o vale do planejamento – regiões relacionadas ao aprendizado, a tudo o que nos permite adquirir conhecimento e técnica: disciplina, exigência, intensidade de concentração, generosidade no esforço, repetição e determinação e a terra da criação – não é mais hora para a reflexão ou análise; é chegado o momento da concentração, das sensações, do envolvimento total no desprendimento, da intuição, da inventividade – qualidades instintivas, desorientadoras, sobre as quais não temos controle direito.
você tem um sonho, mas qual é o seu plano? O primeiro passo para levar o sonho a sério é ter um plano para ele. E, quanto mais sua vida se confundir com seu sonho e seu plano, mais as obrigações se tornarão um fim em si mesmas, mais seus progressos serão espetaculares e mais longe você irá. Os campeões não consideram as privações um sacrifício: eles aceitam-nas porque não podem conceber a vida de outra forma. É um todo; é a sua vida. O vale do Planejamento é, inicialmente, a terra da Busca. É onde os campeões são forjados. A qualidade comum a todos eles são sua sede de buscar. A aventura é a curiosidade: “Até onde posso chegar?”, “Que regiões ainda desconhecidas de minha paixão posso explorar?”, em que ponto posso melhorar?”.
Quando passamos anos buscando, acabamos por encontrar coisas inacreditáveis, adquirir tamanho nível de domínio das sensações, de fineza e percepção que podemos penetrar no mundo do infinitamente preciso, e até tocar o invisível, como afirma um campeão dos 400m com barreiras: “Um centésimo de segundo...” Nós todos nos parecemos: o que faz diferença de verdade é o esforço. Se tantas jovens promessas fracassam é porque, com frequência são “talentosas demais”. Não se dedicam a buscar, ter um plano, impor-se disciplina e cumprir obrigações. Se não realizam seus projetos, não é por não terem as qualidades necessárias, mas porque lhes faltou a qualidade especifica para criar o contexto que permitiria às demais se manifestarem.
Se você não estiver com vontade de treinar, reduza a duração, e não a intensidade” aconselha Andre Agassi, em suas “Regras de ouro”. Trabalho, concentração e treino são os pilares da disciplina. Quando perguntavam a Fred Astaire (o melhor dançarino do cinema de todos os tempos) como ele conseguia parecer tão natural, ele respondia: “faço cada movimento 10 mil vezes por dia.” Se as regras forem claras, acostumamo-nos mesmo quando é difícil, e logo tudo se torna mais fácil. O próprio corpo, vencido pelo esforço acaba exigindo seus exercícios diários. Ser disciplinado é um contrato que se assina consigo mesmo; todo mundo pode decidir ser mais esforçado e mais exigente, mas o que é realmente difícil é manter, com o passar do tempo, um grau elevado de exigência pessoal.
Vejamos agora, entre esses personagens que parecem conviver dentro de uma mesma pessoa, quais os que podem nos sabotar e quais os que podem nos ajudar a expressar nossas qualidades criadoras. O mestre, ele quem manda, encarnando nosso eu racional e censor, é o que em nós reflete, julga o que é certo ou errado, condena, proíbe. É também ele que, por outro lado, dá o sinal verde, ou é bem-comportado (às vezes demais), tem medo do ridículo, deixa-nos culpados, arrepende-se, conta com a realização de alguma coisa, cobra explicações. O artista, é o eu “liberado” (do eu tirânico), nosso lado espontâneo e instintivo. É artista aquele que segue seus desejos, gosta de jogar, sentir imaginar, que não tem medo do ridículo, que vive no presente, sem se “preocupar”. O corpo, é quem executa, expressando-se seja de forma tensa e desajeitada, seja fluida e inspiradamente, dependendo se for bem tratado ou não. Ele tem seu jeito próprio de julgar o que está certo ou errado.
A perda de controle diante do que está em jogo, o que pode impedir a harmonia entre nossos personagens internos. Os maus pensamentos que invadem a mente geram a dúvida, perturbam o corpo, provocam a hesitação fatal, fazem “sair do jogo”. Todo jogador sabe bem o que eles são, mesmo que nem sempre consiga identificá-los. O nome que damos às vezes a esses pensamentos maus é “demônios”. Os atletas têm o hábito de vê-los girando sobre suas cabeças como pássaros de mau-agouro, estranho companheiros de estrada que são por vezes esquecidos, e depois reaparecem de repente, quando não se esperava mais encontrá-los: “meu Demônio me visitou de novo” ou, “fui novamente vítima de meus demônios” no momento crucial!... No último buraco do golfe, num pênalti no futebol, na última volta, no match point, numa tão sonhada final....
A boa-forma propriamente dita é por definição cíclica, ele se produz porque antes não exista. Como uma pilha, ela gasta. O corpo, os neurônios e as sensações se cansam e se regeneram em seu ritmo, segundo leis que a razão desconhece. Esse fenômeno é natural, como as estacoes, as marés, a rotação dos planetas; vem, vai, vem de novo. Não podemos nos opor à natureza, mas podemos nos adaptar a ela. Ganhar “jogando” mal é sempre um bom sinal. Quem consegue ter uma boa performance mesmo quando joga mal é não apenas um competidor respeitável cuja constância psicológica exerce pressão sobre o adversário, mas também estará quase sempre bem preparado para aproveitar os picos de boa-forma, e alcançará a zona mais frequentemente que os demais.
O mal-estar que cresce no mundo moderno vem, em grande parte, daí. “a depressão é uma doença da responsabilidade”, diz o sociólogo Alain Ehrenberg, autor de Culte de la Performance. E completa: “A responsabilidade total por nossa vida reside em cada um de nós, em vez de sermos regidos por uma ordem externa, devemos nos apoiar em nossos recursos internos, recorrer às nossas capacidades mentais.” Achar o prazer, tudo depende, em larga medida, do ambiente. É mais fácil se esforçar quando o clima é favorável quando fazem o mesmo esforço. O sofrimento é medido por comparação: se todos sofrem no treino, ninguém sofre. Tudo depende também do equilíbrio entre os momentos de dificuldade e os momentos de descontração, e deforma como as dificuldades são apresentadas. Um treinador rígido também pode ter humor. “Tornar mais difícil e mais engraçado” seria um bom lema.
Os campeões são campões por causa de sua personalidade, cada um para se impor, tem o seu próprio roteiro. Uns, como as estrelas de rock, aquecem a plateia com demonstrações de raiva controladas, uma atitude arrogante ou uma necessidade ferida do “cheiro do combate”. Eles invadem o universo de seus adversários, impotentes diante de tal demonstração. Para outros, a dominação é instalada calmamente, seu sangue frio se tornando progressivamente insuportável, seu silencio tendo o dom de fazer tanto barulhos na cabeça dos adversários quanto os gritos de conquista. Outros, irradiam o terreno com sua alegria, seu prazer de jogar e sua audácia, provocando uma inspiração impossível de deter.
Destaca o nascimento da lenda “Iceborg”. Quando, em 1976, apresenta-se em Wimbledon, apenas ele. Borg inventará sua técnica de jogo na grama, e outra forma de ganhar: uma mistura de paciência e contra-ataque. Borg ganha seu primeiro torneio de Wimbledon sem perder um set, e ganhará cinco vezes consecutivas, o que nenhum jogador de grama ou voleiador genial jamais conseguiu, e que constitui provavelmente o mais belo recorde da história do tênis!
A afirmação de sua autoridade pessoa, um psicológico de campeão significa também a classe, a forma de dar autógrafos, de se vestir, de tratar os fãs, de se expressar, de falar com a impressa; significa saber quando se levar a sério, quando ser modesto e quando se divertir. A imagem que transmitimos aos outros em uma competição depende da imagem que temos de nós mesmos. Claro, não podemos fazer o que queremos com essa imagem e não se trata de recorrer à autossugestão, de repetir para si mesmo sem parar “Eu sou o melhor”, mas nada impede, no ambiente da competição, de aproveitar as oportunidades para manifestar sua autoridade, mostrar aos outros sua determinação, assumir sua originalidade.
A força emocional, a pressão está em todo lugar, como um diabinho que brinca de se disfarçar, mas, por trás de suas máscaras, é sempre a mesma coisa que nos perturba: o medo. A pressão produz o medo de ser observado, de decepcionar, de não estar à altura, de parecer ridículo, de errar. O que fazer com esse medo? O que os campeões fazem com ele? Os amantes da pressão, esse medo necessário. Seria um erro pensar que os campeões – e todos aqueles que são capazes de dar o melhor de si sob pressão – não tem medo. Na verdade, é exatamente o contrário: eles precisam sentir medo, e matem com o medo uma relação intima, quase carnal. O medo os excita, estimula sua capacidade. Os campeões têm medo, mas a diferença é que eles gostam disso! Enquanto o medo impede a maioria das pessoas normais de seguir em frente, os campeões não têm medo de ter medo. Epiteto, filosofo estoico, afirmou “não e preciso ter medo nem da pobreza, nem dado exilio, nem da prisão, nem da morte. Mas é preciso ter medo do medo”.
Ponto de ruptura, no jogo mental, um faz teste quanto a força do outro. Nunca é claro qual dos dois domina melhor do que o outro essa força, e as aparências às vezes enganam: as condições podem se inverter, às vezes de forma espetacular. Um exemplo: no início dos anos 2000, Serena Williams era uma das maiores tenistas do mundo. Ela ganhava tudo, coleciona torneios do Grand Slam (33 vitórias seguidas!). Sua força e sua confiança eram indestrutíveis, ela parecia estar jogando um jogo que apenas ela conhecia, ou ao qual era impossível responder à altura. A mera visão de sua massa muscular, de sua compleição quase irreal para uma tenista, contribuía para desencorajar a maioria das adversarias, que já começavam perdendo. O tênis feminino se tornou, de certa forma, vítima dessa imagem, difícil de disfarças. Essa imagem estrava em ação quando, por exemplo, Serena estava mudando de lado da quadra e, ao passar pela adversaria, parecia dizer: “Você quer me atacar, a mim, mas olhe os meus ombros, meus brações, minhas coxas!” em resumo, todos concordavam que Serena era imbatível.
No entanto, na primavera de 2003, Amélia Mauresmo, quinta no ranking, derrota pela primeira vez Serena na semifinal do torneio de Roma, depois de um jogo intenso, e o faz de um modo que não deixa dúvidas sobre o domínio da francesa e sobre sues méritos de ter levado a campeão ao limite de sua capacidade, até o ponto em que ela voltou a ser uma jogadora normal.
As palavras que dão vida, é dever de todo treinador dar a seus alunos o direito de cometerem erros e de perderem, sobretudo quando vencer é o que eles mais querem. Um técnico sensato, além dos ajustes táticos e do plano de jogo, poderia dizer, antes de uma final, por exemplo: “aprecie o combate, viva a sua final”; ou, antes de uma prova: “faça o que você sabe fazer bem e você terá vencido, aconteça o que acontecer”, “confie no seu plano” etc. a logica deve ser sempre a mesma: ajudar o competidor a desviar sua mente da vitória ou da derrota e orientá-lo para o confronto com ele mesmo e com a própria performance. Como fez Guennadi Touretski ao se dirigir a Alexandre Popov, que iria ganhar o campeonato mundial de 2003: “antes da final, eu lhe disse novamente o que esperava dele. Não dou a mínima para sua colocação, primeiro, segundo ou quinto. O que me interessa é que você melhore seu tempo da semifinal. É o único segredo para ser bem-sucedido.”
O esporte não é feito apenas de performance física; ele é marcado igualmente pela performance moral. Não deveria ser possível concebê-lo sem esse equilíbrio; ele pressupõe justiça na força. O combate só pode ser legitimado em nome de uma ética. E, no entanto, em algumas modalidades, especialmente nos níveis mais baixos entre os jovens, o esporte veicula dissimuladamente a ideia de que as regras de conduta e educação podem ser relegadas ao segundo plano, ou até desprezadas, contanto que se ganhe.
Os campeões lendários: o que eles têm em comum? Todos eles são bons campeões. Se eles ainda nos fascinam, é tanto por sua personalidade quanto por seus feitos. Aliás, o talento maior dos grandes campeões não é o carisma, a aura de vencedor, como vimos anteriormente? Abra qualquer livro de história do esporte. Os maiores em suas modalidades não da vontade de ser melhores como seres humanos, e não apenas como atletas? Eles não abrem passagem para outro lugar, onde não são só os pontos ganhos e o tempo feito que importam? Não há, presa a seus saltos de gigante, às corridas aceleradíssimas ou a seus golpes geniais, uma bela imagem nos intimando a segui-los? Os exemplos falam por si só: Pelé o artista do futebol; Muhammad Ali, criador magnifico no boxe; Pete Sampras e Martina Navratilova, os dois melhores estilos de jogos de sua época no tênis; Michael Jordan, apelidado de “guerreiro sorridente”, incapaz do menor desvio de conduta ou de linguagem.
A lealdade, o duelo Armstrong (EUA) X Ullrich (Alemanha), ciclismo, tour de France 2003, marcado, pelo magnifico duelo entre os dois maiores ciclista da atualidade, com Lance Armstrong querendo vencer seu quinto tour consecutivo. Nos Pirineus, na segunda 21 de julho, dia da 15ªetapa: Bagnéres-de-Bigorres – Luz-Ardiden. A subida de Luz-Ardiden, última etapa da montanha, será o palco das mais loucas emoções. É aí que se decidirá o destino dos dois heróis. O duelo atinge o seu ápice. Armstrong e Ullrich sabem que a montanha vai sumir em breve, e com ela as oportunidades de conquistar uma vantagem. Todos sabem que podem ocorrer algo na montanha, onde os maiores podem entrar em colapso.
A 10,3 km da chegada, Armstrong faz uma curva curta demais e prende o guidão na bolsa de um espectador, ele cai, logo atras Ullrich se afasta para evitá-lo. O episódio interrompe brutalmente a briga que havia acabado de começar. Ullrich poderia ter aproveitado para distanciar, mas diminui e espera Armstrong. Logo a frente a corrida se inicia, com um cenário idêntico aqueles antes da queda. Totalmente recuperado, o campeão se lança como uma flecha e dispara sozinho nos últimos quilômetros de montanha. Quanto a Ullrich, conhecido por não suportar mudanças de ritmo, certamente pesaroso de ter interrompido seu esforço praticamente parado para esperar seu rival terminará a etapa em terceiro lugar, quase 1 minuto depois de Armstrong. É preciso lembrar que, dois anos antes, o alemão havia saído da estrada na descida de Peyresourde, e que Armstrong esperou por ele.
As qualidades e os ideais de quem tem cabeça de campeão. Henri Guillaunmet: um pensamento que salva. Tiger Woods: o questionamento constante e a busca da perfeição. Bernard Moitessier: a vitória sobre o dragão da glória. Muhammad Ali: a aura do campeão e a causa dos negros. Heinrich Schliemann: perseguir um sonho. Vênus, Serena e Richard Williams: o rebelde. Zinedine Zidane: o prazer do início e a busca da bela jogada. Wilma Rodolph: a transformação de uma desvantagem em vantagem. Boris Becker: o amor pelo combate e o gosto pelo desafio e Edmund Hillary: a ventura comum e a generosidade.
Tiger Woods, “Tiger” é o apelido dado a Woods por seu pai como homenagem ao companheiro de guerra que salvou sua vida na selva no Vietnam, e esse apelido virou nome próprio, caindo como uma luva no menino prodígio, que desde o início a criança e chamada de “Menino Jesus Negro do Golfe”. Nascido em 30 de dezembro de 1975, em Long Beach, na California, é metade afro-americano, um quarto chines e um quarto apache, pelo lado do pai tailandês, chines e caucasiano pelo lado materno. Aos nove meses, executou seu primeiro swing (movimento complexo multidimensional que implica uma ação altamente coordenada de toda a cadeia cinética dos pés, joelhos, ancas, coluna, ombros, braços e pulsos) e que demora menos de dois segundos).
Aos 18, suas primeiras tacadas. Primeiras plateias, primeiros aplausos. Com 2 anos e meio, primeiro programa de TV. Aos 3 anos, ele faz um percurso de nove buracos em 48 tacadas. Com 11 anos, soma 30 títulos de campeão infanto-juvenil. E nenhuma derrota. Nasce a lenda, e começa os recordes. Enumerá-los seria cansativo. Melhor resumir o conjunto com a ajuda dessa frase de Tiger: “gosto de ser único. Gosto de realizar o que nunca foi feito.” Ganhar é ser o primeiro; estabelecer um recorde é estar sozinho. A busca de Tiger Woods são os recordes. Estreando como profissional, ele ganha dois de seus cinco primeiros torneiros, terminando sempre entre os cinco primeiros. E depois, alguns meses mais tarde, no dia 13 de abril de 1997, é a bomba do masters. Nesse dia, o Tigre não se contenta em ganhar um dos grandes torneios, um dos famosos Grand Slam de Tênis que os campeões “caçam” durante a vida toda para entrar para a história. O evento é chamado de “bomba”, pois Tiger detonou uma fazendo todos os contadores de golfe explodirem: recorde de vencedor mais jovem, recorde de percurso e da maior diferença em relação ao segundo colocado (12 pontos!).
Destaca a história de Heinrich Schliemann e como seu deu a descoberta da mística, a fabulosa Troia, palco de guerra entre os gregos e troianos, tema de um dos mais belos livros jamais escritos: Ilíada, de Homero. Encarnação de um dos mais belos sonhos que ninam os homens. Ele nasceu na Alemanha em 1822, seu pai, um pastor erudito, é apaixonado por história antiga. Ele aprende latim com o pai, logo se muda para a Holanda e começa a trabalhar em uma companhia de comércio, seu trabalho era colar selos e remeter correspondências, com uma situação conveniente, pois agora terá tempo de estudar, diferente do antigo emprego em uma mercearia que trabalhava das 5h as 11hs da noite. Faz investimento em aulas de escrita, depois francês e inglês., sempre aprendendo algo, dedicando seu tempo livre ao estudo, nunca anda sem um caderno, que consulta incessantemente. Em seu entusiasmo, ataca outras línguas, cria uma memória colossal. Logo Heinrich funda sua própria companhia de comércio com apenas 24 anos, dois anos após já terá feito fortuna.
Como planejado, Schliemann torna-se rico o bastante para se retirar dos negócios. Ele ainda não está com 50 anos e está livre para se voltar para sua única e verdadeira paixão. Aprende grego moderno e antigo, podendo, enfim, ler Homero no original. A Ilíada e a Odisseia, que conhece de cor, recita-as agora em voz alta, em grego. Depois do domínio da língua, ele vai encontrar os heróis da sua vida, destino Atenas-Grécia. Escolhe como esposa Sophia, a única jovem de um pensionato que sabe recitar Homero sem hesitar. Eles terão dois filhos, Agamêmnon e Andrômaco. Agora ele está pronto para a fase final: as buscas. Falta saber onde começar. Onde cavar? Segundo a maioria dos especialistas da época, Troia pertencia ao reino do mito, e havia existido apenas na imaginação de Homero. Mas Schliemann, entendia que os textos do poeta antigo tinham valor histórico; caso contrário, por que teria ele apresentado tantos detalhes, indicações geográficas e tantas descrições minuciosas? Descrevendo assim os autores como é encontrada a enigmática Troia, por conta de um sonho de Schliemann que se tornou realidade e agora o mundo todo sabe com as escavações de 1870 a 1873, ao longo dos quase serão descobertas nove cidades superpostas, correspondendo a várias épocas.
Destaca sobre a história das irmãs tenistas Venus, Serena e do pai delas e treinador Richard Willians e os percalços até chegarem ao posto de número 1 do mundo: Serena e número 2 do mundo: Venus Williams. Detalha sobre a vida de Zinedine Zidane, escolhido como o ídolo dos franceses, jogador de origem argelina, cuja obra-prima foi assinada em um dia de junho de 1998: dois gols na final da Copa do Mundo contra o Brasil. Zidane em ação é um balé para os olhos, sua técnica, joia rara, é posta a serviço de uma personalidade reservada, preocupada e partilhar, em não se destacar demais. Essa técnica lhe garantiu o melhor passe do mundo. O talento de Zidane está aí: ele vence, brilha, seduz, marca e ajuda a marcar, e parece que nada é intencional.
Zidane por ele mesmo: minha técnica vem diretamente do meu bairro. Éramos uns 10 amigos, entre 8 e 12 anos, e trinávamos para realizar a jogada fora do comum, aquela que mostraríamos aos outros quando estivesse perfeita. E não desistíamos enquanto não conseguíamos. Só quando todo o grupo conseguisse realizá-la, passávamos para outra jogada. Era tipo um concurso entre nós, e foi aí que aprendi o principal do que sei hoje. Todos esses momentos de liberdade na verdade não o eram, pois eu fazia muita coisa com a bola.
Ainda lista sobre Wilma Rudolph, uma pessoa com deficiência que se tornou a mulher mais rápida do mundo. Boris Becker, nasceu para ser conhecido. E não apenas pela potência de suas bolas. Ele inaugurou uma nova era no tênis, da qual os herdeiros legítimos chamam-se Monica Seles, André Agassi e as irmãs Williams... destaca também sobre Edmund Hillary, a história de uma montanha, a mais alta do mundo, de dois homens e de uma fotografia. Em 29 de maio de 1953, Edmund, neozelandês, e seu companheiro nepalês, o sherpa Tenzing Norgay, partem para a conquista dos últimos metros do Everest. Os últimos metros que farão toda a diferença, dos 8.850 que os separam do teto do mundo, ainda virgem de digitais humanas.
Ao final os autores dispõem que os grandes atletas são lembrados por suas qualidades físicas e mentais, e pela nobreza de seus valores, mas não se deve deixar de louvar os grandes mestres que os ajudaram com sua sabedoria, sua perspicácia, sua humildade, sua aptidão para encorajar, assim como pela sua capacidade de adotar uma postura discreta pelo bem de seus pacientes ou alunos. No momento crítico, pense em sorrir internamente. Torne-se um amante da pressão. Sorria para ela e ela irá lhe sorrir de volta.
Portanto o livro é recomendado para aqueles que querem entender mais sobre a psicologia no esporte, bem como entender com detalhes as trajetórias de personagens esportivos contemporâneos que marcaram época e obtiveram êxito em suas carreias, entenderá com o estudo do livro sobre o domínio da pressão e dominar a mente para canalizar em energia para obter os melhores resultados nas atividades esportivas, nas palavras de Bernardinho, leitura obrigatória para aqueles que militam no universo do esporte e par todos aqueles que buscam performance de qualidade em suas áreas de atividade.
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Ferreira Avelar Advocacia (Iporá-GO. Israelândia-GO). Consultoria e Assessoria Jurídica!
Créditos: Livro – Cabeça de Campeão – François Ducasse e Makis Chamalidis.
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