LIVRO – A ABOLIÇÃO DO HOMEM – C. S. LEWIS.
LIVRO – A ABOLIÇÃO DO HOMEM – C. S. LEWIS.
A abolição do homem de C. S. Lewis, se refere a um manual surpreendente e profético, A obra é um dos livros mais debatidos do autor e revela ser um tema em alta nos tempos atuais. Nas páginas do exemplar, o autor contemporâneo britânico salvaguarda a moral incondicional e os princípios universais como a caridade, o altruísmo e o amor, para expressa os motivos que levam á aquele de procede do afastamento desses valores no convívio social como um todo.
Clive Staples Lewis (1898-1963) foi um grande intelectual do século XX e provavelmente o escritor mais influente de seu tempo. Foi tutor e lecionou Literatura Inglesa na Universidade de Oxford até 1954, quando unanimemente foi eleito para o lugar de Inglês Medieval e Renascentista na Universidade de Cambridge. Lewis escreveu mais de 30 livros que lhe permitiram alcançar um vasto publico, e suas obras continuam a atrais milhares de novos leitores a cada ano. O autor por ora, expressou-se como crítico aos argumentos dos relativistas e apresentando uma ponderação filosófica, nessa obra autoral, sugere quais são os perigos de perguntar sobre os valores morais objetivos, comuns a todos, independente de suas diferentes culturas, sem os quais as pessoas correm o risco de perder a humanidade.
Na introdução do exemplar, vê que a obra é dividida em 4 partes/capítulos: Homens sem peito – capítulo 1; O caminho – capítulo 2; A abolição do homem – capítulo 3; Apêndice – exemplos de Tao – capítulo 4 e notas finais. Parafraseia Confúcio, Analectos, II. 16 “o mestre disse: aquele que ataca um fundamento pelo lado errado destrói toda a estrutura.” Cita “ele então deu a ordem de matar E matou as criancinhas. Cantiga tradicional inglesa.”
Prosseguindo na análise do livro, ainda na parte referenciada com o título, homens sem peito, o autor destaca que, supõe o autor, que professores como Gaius e Titius, não percebem inteiramente o que estão fazendo e que não têm o intuito consciente de atingir as consequências de grande alcance que de fato desencadeiam. Há, é claro, outra possibilidade. Aquilo que eu chamei (supondo que eles comunguem de um certo sistema de valores tradicional) de "primata de calças" e de "mesquinho homem urbano" pode ser precisamente o tipo de homem que eles querem produzir. As nossas diferenças podem ser irredutíveis. Pode ser que eles de fato sustentem que os sentimentos humanos comuns em relação ao passado ou aos animais ou às grandes cachoeiras são contrários à razão e desprezíveis, e devem por isso ser erradicados. A intenção deles pode ser a de varrer para longe os valores tradicionais e dar início a um novo repertório. Essa posição será discutida mais adiante.
Se essa é a posição defendida por Gaius e Titius, devo me contentar por enquanto em apontar que ela é uma posição filosófica e não literária. Ao fazer desse o assunto de seus livros, eles foram injustos com os pais ou pedagogos, que compraram a obra de filósofos amadores, quando, esperavam a obra de gramáticos profissionais. Um sujeito poderia se sentir chateado se o seu filho voltasse do dentista com os dentes intocados e com a cabeça abarrotada dos obiter dicta (parte da decisão considerada dispensável) do dentista sobre o bimetalismo (doutrina ou sistema monetário que preconiza a circulação ilimitada de dois metais “ouro e a prata”, cunhados em moeda) ou sobre a teoria de baconiana (reforma total do conhecimento só é possível se, original e fundamentalmente, estabelecer-se uma história experimental da natureza, pois o conhecimento é como uma pirâmide, onde a história é a base; assim, na filosofia natural, a base é a história natural).
Assevera ainda sobre o capítulo homens sem peito que, Santo Agostinho conceituava a virtude como ordo amoris – a disposição ordenada das afeições, na qual cada objeto corresponde ao grau de amor que lhe é apropriado. Já Aristóteles diz que o objetivo da educação é fazer com que o aluno goste e desgoste do que é certo gostar e desgostar. Quando a idade do pensamento reflexivo chegar, o aluno assim treinado nas "afeições ordenadas" ou nos "justos sentimentos" facilmente encontrará os primeiros princípios na Ética; mas, o homem corrupto não poderá enxergá-los e não fará nenhum progresso nessa ciência. Platão, antes dele, já havia dito o mesmo. O animalzinho humano não terá logo de cara as reações certas. Ele deve ser treinado para sentir prazer, agrado, repulsa e ódio em relação às coisas que realmente são prazerosas, agradáveis, repulsivas e odiosas.
Explica ainda que, o problema educacional é completamente diferente dependendo da posição que se adota: dentro ou fora do Tao. Para aqueles que estão dentro, a tarefa é treinar os alunos para que desenvolvam as reações em si mesmas apropriadas, quer eles as tenham quer não, e construir aquilo que constitui a verdadeira natureza humana. Aqueles que estão fora, se agirem com lógica, deverão considerar todos os sentimentos como igualmente não-racionais, como meras névoas entre nós e os objetos reais. Em consequência, eles devem ou se empenhar em remover todos os sentimentos, tanto quanto possível, da mente dos alunos, ou então encorajar sentimentos por razões que nada têm a ver com sua "justiça" ou "pertinência" intrínsecas. Esta última opção os compromete com o questionável processo de criar nos outros, por "sugestão" ou por feitiço, uma miragem que suas próprias capacidades racionais já conseguiram dissipar.
No capítulo “o caminho” destaca que “o homem nobre dedica seus esforços às raízes. Confúcio, Analectos, i.2”. o autor faz menção ao asseverado livro verde em seu manual, no qual esse procede uma condenação ao aprendizado que usa perturbar o ensino sobre regras de linguagem e se faz ao contrário, criando assim umas espécies de ideologias com as concepções dos autores; assim sendo a, parcialidade, emocionalidade, tendência, paixões e subjetividade. Doutrinando os jovens para transformarem indivíduos impossibilitados de avaliações ou decisões precisas sobre qualquer coisa. Desvirtuando o apreço ao bom, formoso, encantador, harmonioso e o verdadeiro.
A preservação da sociedade depende disso não pode levar ao imperativo faça isso, exceto se for mediada por outra enunciação, qual seja: a sociedade deve ser preservada. Da mesma forma, isso irá custar a sua vida não pode levar diretamente a não faça isso: somente pelo intermédio de um desejo ou por um reconhecido dever de autopreservação. Ao que parece, o Inovador não diria que estamos fadados a obedecer ao Instinto, tampouco que obteremos satisfação ao fazê-lo. Diria, isso sim, que temos o dever de obedecer-lhe.
Mas por que deveríamos fazê-lo? Por acaso há algum outro instinto de ordem superior que nos obrigue a isso, e um terceiro instinto, de uma ordem ainda superior, que nos obrigue a obedecer ao anterior? Uma série infinita de instintos? Isso é presumivelmente impossível, mas é a única resposta aceitável. De uma afirmação sobre um fato psicológico, como "tenho um impulso de fazer isso e aquilo", não podemos ingenuamente inferir o princípio prático "eu tenho de obedecer a esse impulso". Seria possível afirmar que os homens têm um impulso espontâneo e irrefletido de sacrificar a própria vida pela preservação dos seus semelhantes; mesmo assim restaria a questão, completamente diferente, de saber se esse é um dos impulsos que devem ser controlados ou um daqueles a que devemos ceder.
Uma vez que não consigo encontrar resposta para essas perguntas, chego às seguintes conclusões. Isso a que tenho chamado por conveniência de Tao, e que outros poderiam chamar Lei Natural, Moral Tradicional, Primeiros Princípios da Razão Prática ou Primeiros Lugares-comuns, não é um entre uma série de sistemas de valores possíveis. É a única fonte possível de todos os juízos de valor. Caso seja rejeitado, todos os valores serão também rejeitados. Se qualquer valor for preservado, também ele será preservado. O intuito de refutá-lo e de erigir em seu lugar um novo sistema de valores é em si mesmo contraditório. Nunca houve, e nunca haverá, um juízo de valor radicalmente novo na história do mundo.
Ainda denota sobre o caminho que, isso significa que nossas percepções acerca dos valores não podem jamais evoluir? Que estamos para sempre atados a um código imutável que nos foi dado de uma vez por todas? E seria possível, de qualquer modo, falar de obediência àquilo que estamos chamando de Tao? Se formos comparar, como fizemos, os sistemas morais tradicionais do Oriente e do Ocidente – o cristão, o pagão e o judeu –, não encontraremos inúmeras contradições e mesmo alguns absurdos? Reconheço que há verdade em tudo isso. É preciso ter algum senso crítico, remover algumas contradições e até mesmo promover algumas melhoras.
Da mesma forma, o Tao comporta um desenvolvimento que vem de dentro. Existe uma diferença entre um autêntico avanço moral e uma simples inovação. Existe um avanço autêntico da máxima confuciana "Não faças com os outros o que não gostarias que fizessem contigo" para a cristã "Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam." Já a moral de Nietzsche é um exemplo de simples inovação. O primeiro caso é um avanço porque ninguém que não reconhecesse a validade da antiga máxima poderia ver uma razão para aceitar a mais recente, e qualquer um que aceitasse a antiga iria imediatamente reconhecer a mais recente como sendo uma ampliação do mesmo princípio.
Seguindo e já no capítulo a abolição do homem - um pensamento ardeu na minha mente: por mais que ele dissesse e por mais que me lisonjeasse, vender-me-ia como escravo quando me tivesse em seu poder. Bunyan. “A conquista da Natureza pelo Homem” é uma expressão utilizada habitualmente para descrever o progresso das ciências aplicadas. “O Homem derrotou a Natureza”, disse alguém não faz muito tempo a um amigo meu. Em seu contexto, essas palavras tinham uma certa beleza trágica, pois o sujeito que as pronunciou estava morrendo de tuberculose. “Não importa”, prosseguiu, “sei que sou uma das baixas. É claro que existem baixas do lado dos vencedores e do lado dos perdedores. Mas isso não muda o fato de que o Homem está vencendo.”
Consideremos três exemplos típicos: o avião, o rádio e os anticoncepcionais. Numa comunidade civilizada, em tempos pacíficos, qualquer um que tenha dinheiro pode fazer uso dessas três coisas. Mas não se pode dizer estritamente que quem o faz está exercendo seu poder pessoal ou individual sobre a Natureza. Se eu pago para que alguém me leve a algum lugar, não se pode dizer que eu seja um homem que dispõe de poder. Todas e cada uma das três coisas que mencionei podem ser negadas a alguns homens por outros homens — por aqueles que vendem, ou por aqueles que permitem que sejam vendidas, ou por aqueles que possuem os meios de produzi-las, ou por aqueles que as produzem. Aquilo que chamamos de poder do Homem é, na realidade, um poder que alguns homens possuem, e que por sua vez podem ou não delegar ao resto dos homens. Novamente, no que se refere ao poder do avião ou do rádio, o Homem é tanto o paciente ou o objeto como o possuidor de tal poder, uma vez que ele é o alvo tanto das bombas quanto da propaganda.
Ainda não estou considerando se o resultado de tais vitórias ambivalentes é algo bom ou mau. Estou apenas esclarecendo o que verdadeiramente significa a conquista da Natureza e, especialmente, qual é o seu último estágio (que talvez não esteja longe). O último estágio virá quando, mediante a eugenia, a manipulação pré-natal e uma educação e propaganda baseadas numa perfeita psicologia aplicada, o Homem alcançar um completo domínio sobre si mesmo. A natureza humana será a última parte da Natureza a se render ante o Homem. A batalha estará então vencida. Teremos "arrancado o fio da vida das mãos de Cloto - As moiras, com o fio da vida Alegoria, por Strudwick, 1885 – Wikipedia " e, daí por diante, seremos livres para fazer da nossa espécie aquilo que desejarmos. A batalha estará definitivamente vencida. Mas a pergunta é: quem exatamente a terá vencido?
Segue no capítulo “a abolição do homem”, destacando que: As estrelas perderam seu aspecto divino conforme a astronomia se desenvolveu, e o Deus Morto não tem nenhuma função na agricultura da era química. Para muitos, esse processo é simplesmente a gradual descoberta de que o mundo real é diferente daquilo que esperávamos, e a velha oposição a Galileu ou aos "violadores de túmulos" não passa de obscurantismo. Mas essa é uma visão parcial. A ideia de que os objetos, despidos das suas propriedades qualitativas e reduzidos à mera quantidade, são perfeitamente reais não é uma ideia típica dos grandes cientistas modernos. Os pequenos cientistas, e os pequenos e nada científicos seguidores da ciência, podem pensar assim. As grandes mentes sabem muito bem que o objeto, tratado dessa forma, não passa de uma abstração artificial, e que com esse processo algo da sua realidade foi perdido.
Esse ponto de vista joga uma nova luz sobre a conquista da Natureza. Reduzimos as coisas à mera condição de Natureza com o propósito de "conquistá-las". Estamos sempre obtendo conquistas sobre a Natureza, justamente porque "Natureza' é o nome daquilo que, sob certo aspecto, conseguimos conquistar. O preço da conquista é tratar as coisas como mera Natureza. Toda conquista sobre a Natureza faz com que ela expanda os seus domínios. As estrelas não se tornam Natureza até que sejamos capazes de medi-las e pesá-las; a alma não se torna Natureza até que possamos psicanalisá-la.
Existem progressões nas quais o último passo é sui generis — incomparável aos demais — e nas quais terminar o percurso é desfazer todo o trabalho previamente empreendido. Reduzir o Tao a um fenômeno meramente natural é um passo desse tipo. Até esse momento, o tipo de explicação que abole o objeto explicado pode até nos trazer algum resultado, ainda que a um preço demasiado alto. Mas não se pode fazer isso para sempre: cedo ou tarde chega-se a abolir a própria explicação. Não se pode "ver o que está por trás" das coisas para sempre. Todo o propósito que existe em ver o que está por trás de alguma coisa reside justamente em ver, através dessa coisa, um objeto real. É bom janela seja translúcida, justamente porque a rua ou o jardim além dela são opacos. E se também fosse possível ver através do jardim? Não há nenhuma utilidade em tentar "enxergar o que está por trás" dos primeiros princípios. Se você "enxergar o que está por trás" de todas as coisas sem exceção, então tudo se tornará transparente para você. Mas um mundo completamente transparente é um mundo invisível. "Ver o que está por trás” de todas as coisas é o mesmo que não ver nada.
Já em sua parte derradeira (apêndice), denota, os exemplos do Tao, são os seguintes exemplos da Lei Natural são tirados de fontes que estão perfeitamente ao alcance de qualquer um que não seja historiador profissional. A lista não tem nenhuma pretensão de ser completa. Há de ser notado que autores como Locke e Hooker, que escreveram desde a perspectiva da tradição cristã, são citados lado a lado com o Novo Testamento. É claro que isso seria um absurdo se estivéssemos tentando coletar testemunhos independentes do Tao. Mas não estou tentando demonstrar a sua validade pelo argumento do consenso. Essa validade não pode ser deduzida. Nem mesmo o consenso universal poderia persuadir aqueles que não percebem a sua racionalidade. A biologia e a antropologia envolvidas nessa suposição seriam extremamente duvidosas. Não há nenhuma prova de que tenha havido (no sentido em questão) mais de uma civilização em toda a história. É no mínimo concebível que toda e qualquer civilização de que temos notícia tenha sido derivada de outra civilização e, em última análise, de um único centro – "transmitida" como uma doença infecciosa ou como a sucessão apostólica.
Portanto, ao final da análise e leitura do exemplar, observa que há nesse manuscrito contemporâneo, inúmeras bases sólidas e profundas, o autor mostra que a tentativa de abolir a moralidade equivale, no fim, a abolir o próprio homem, e convida os leitores a não se renderem à tendência relativista que permeia a sociedade do passado, presente e do futuro, perceptível em linhas gerais explicitadas no manual, fazendo ponderações e levando o leitor a observar questões como a falta de perguntas a sociedade e a si mesmo, sobre os valores morais objetivos, comuns a todos, sem os quais os seres humanos perdem a humanidade, assim a leitura do exemplar é positivamente recomendada, abarcada de linguagem capiciosa e intrigante, se revela uma grata surpresa essa publicação.
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Ferreira Avelar Advocacia (Iporá-GO. Israelândia-GO). Consultoria e Assessoria Jurídica!
Créditos: Livro – A Abolição do Homem – C. S. Lewis.
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