LIVRO – A HISTÓRIA DE JESUS PARA QUEM TEM PRESSA – ANTHONY LE DONNE.
LIVRO – A HISTÓRIA DE JESUS PARA QUEM TEM PRESSA – ANTHONY LE DONNE.
A história de Jesus para quem tem pressa: do Jesus histórico ao divino Jesus Cristo, se revela um exemplar com muitas curiosidades sobre o carpinteiro das planícies da galileia, como Earl Nightingale em seu manuscrito clássico, O Estranho Segredo, denomina o filho de Maria, assim verá o leitor uma rica pesquisa sobre a vida dele com variadas conexões do Messias por meio de uma visão destacada na bíblia e nos evangelhos sinóticos (que são três relatos da vida de Jesus, que estão na Bíblia. Esses são os três primeiros livros do Novo Testamento: Mateus, Marcos e Lucas. O evangelho de João não é considerado um evangelho sinótico porque é bastante diferente dos outros três), nessa toada o autor apresenta sua obra.
O livro se destaca com a subdivisão em cinco capítulos, CAPÍTULO UM: Introdução: De Mike a Martin e de Jesus a Cristo! Jesus, o Homem; As Intervenções Divinas; Jesus e o Reino Espiritual; Jesus como Curandeiro, Qual Era a Aparência de Jesus? Jesus Era Judeu; Jesus e os Fariseus; Jesus e os Alimentos; Jesus e a Pureza; Jesus e o Império Romano; Jesus Ora; Por que os Romanos Mataram Jesus? Jesus Era um Messias? e Jesus e o Fim dos Tempos, já no CAPÍTULO DOIS, destaca o seguinte: Jesus na Literatura do Cristianismo Primitivo; Introdução: Formatando a Celebridade; Jesus se Torna “Jesus”: O Jesus Histórico de Paulo; Abraçando a Ironia; A Ceia de Jesus; Jesus e Histórias sobre Ética; Jesus em Marcos; Jesus em Mateus; Jesus em Lucas; Jesus em João; O Jesus Sinóptico Versus o Jesus de João; Diatessarão de Taciano; O Evangelho de Tomé e Inácio: Jesus, o Paradoxo
Prosseguindo na parte introdutória o manuscrito, ainda indica em seu CAPÍTULO TRÊS: Jesus na Imaginação Pré-Moderna; Introdução: As Mil Faces de Jesus; Cristo, Não Judaísmo (cerca do século 2); O Grafite de Alexamenos (cerca do século 2); Valentino e o Jesus Erotizado (entre os séculos 2 e 3); Jesus e uma Mulher Acusada de Adultério (cerca do século 3); O Primeiro Concílio de Niceia (século 4); Jesus, o Bom Pastor (cerca do século 4); Agostinho sobre a Questão da Trindade (século 5); O Evangelho de Gamaliel (cerca do século 5); Yeshu no Talmude (cerca do século 5); A Vida de Jesus Representada nas Artes (cerca do século 5); O Período Natalino (século 6); O Cristo Pantocrator (aproximadamente entre os séculos 6 e 13); A Imagem de Jesus no Islamismo (século 7); O Poema Heliand (século 9); Clara de Assis (século 13); A Carta de Lêntulo (entre os séculos 14 e 15) e Jesus e a Forma Humana (séculos 15 e 16).
Por derradeiro no CAPÍTULO QUATRO, temos destaque ao: Jesus na Visão da Elite Intelectual Contemporânea; Um Enigma Intelectual; Spinoza: A Mente de Cristo (século 17); Reimarus: Jesus como Rei Fracassado (século 18); Emden: Um Judeu para os Gentios (século 18); Jefferson: Um Moralista para os Americanos (século 19); Young: Jesus, o Polígamo (século 19); Renan: Destruidor do Judaísmo (século 19); Schweitzer: A Educação Prejudicial do Filho de Deus (século 20); Bultmann: Pregações Cristãs Precisam Ser Traduzidas (século 20); Linnemann: Reação Negativa às Ideias de Bultmann (século 20); Gutiérrez: Jesus como Modelo de Libertação (séculos 20 e 21); Futuras Perspectivas: Quatro Vozes Inspiradoras (século 21) e no ultimo desses em seu CAPÍTULO CINCO, assevera sobre: Jesus na Cultura Pop; Introdução: Relações e Reflexões; Clephane: A Cruz dos Pobres; Jesus — Marido e Amante; Jesus, Negros e Brancos; Jesus e a Cultura Esportiva; O Jesus Gay de Elton John; Cristianismo Americano: Ah, Sim, e Jesus Também, Acho; Os Memes de Jesus; O Jesus Sem-Teto; Jesus e os Refugiados e as Considerações finais.
Denota sobre Michael, rebatizado “Martin Luther”: Martin Luther King Jr. Esse nome é o que apareceria em manchetes, geraria controvérsias, atrairia manifestações de ódio extremado e paixões exacerbadas. Diz o autor que esse personagem talvez nos ajude a questão pensar no impacto causado pelo Jesus histórico desta forma: nascido na obscuridade; rotulado e moldado às imposições do legado religioso; pessoa publica controversa; assassinado antes de alcançar status de ser humano de qualidade transcendentais. Porém, o mais importante é considerarmos que tanto o legado de jesus como o de King foram ampliados, transformados e idealizados em questão de décadas após suas mortes prematuras.
Jesus é retratado por vezes como o cordeiro sacrificial (um animal tradicionalmente oferecido a Deus para a expiação de pecados). Aqui, vemos Jesus transformado num símbolo zoomórfico tomado de um ritual judeu. É óbvio que esse tipo de representação não visa retratar Jesus, o homem. Retratado como um cordeiro, Jesus representa a expiação coletiva na imaginação cristã.
Jesus acreditava em um Deus de ação, que criou o céu e a terra. Em breve, esse Deus julgaria os maus e faria justiça aos bons. Nesse aspecto, Jesus era diferente da maioria dos filósofos gregos, das elites intelectuais de Roma e das pessoas comuns de todo o Mediterrâneo. Isso significa que Jesus – um judeu do primeiro século – tinha uma compreensão de Deus diferente da visão da maior parte dos seus contemporâneos não judeus. Jesus era um judeu que se pautava pela tradição religiosa do Templo de Jerusalém e pelos costumes relacionados a esse Templo, foi forçado a enfrentar um ambiente de língua e cultura grega. O Deus de Jesus “Pai”, agiria em favor de Israel e de todos que buscassem praticar a pureza devocional no Templo de Jerusalém.
Jesus acreditava num Deus de ação. Cristo como figura histórica, não pode ser compreendido sem se levar em conta esse simples fato. Assim como muitos judeus durante esse período, Jesus acreditava que Deus passaria a governar a terra da mesma forma que o fazia com as estrelas. Os seguidores de Jesus preservaram essa crença após sua morte. Eles se autodeterminavam “o Caminho” e depois passaram a se autodeterminavam “cristãos”. Mas o fim que liga Jesus àquilo que seus seguidores se tornaram foi a crença fundamental de que Deus age. Os seguidores de jesus (embora suas crenças apresentassem diferenças entre si) firmavam-se na esperança de ver Deus age. Os seguidores de Jesus (embora suas crenças apresentassem diferenças entre si) firmavam-se na esperança de ver Deus agir por intermédio dele.
Jesus era judeu, a maioria imagina que Jesus foi o primeiro cristão. Mas Jesus, o homem, jamais ouviu a palavra “cristão”. É quase certo que ele não chamasse a si mesmo de cristão. A identidade de Jesus foi construída sobretudo com a cultura de Jerusalém, já que a influência da cidade se estendeu aos judeus da Galileia. Jesus não se tornou judeu. Ele sempre foi judeu e continuou na mente dos primeiros devotos (que também eram judeus).
Cristo devia ter uma boa compreensão da própria vida, da sua importância e da natureza da sua missão dentro da órbita do Templo de Jerusalém. Nessa visão de mundo, o Templo de Jerusalém era diferente de qualquer outro templo. Era onde o céu e a terra se encontravam. Era o único lugar no planeta onde a gloriosa presença de Deus poderia ficar.
Muitos textos judaicos anteriores ao tempo de Jesus e da sua época abordam o problema da impureza espiritual. Esses problemas são, de acordo com as tradições judaicas, as consequências de viver a humanidade em um mundo sujeito à desordem e à morte. Falta de pureza porque ela é associada à morte, é uma força que se opõe à vida; é uma infecção que resulta em doença física, espiritual e moral. Deus por outro lado é sagrado e puro. No texto de Êxodo – a história que forneceu os alicerces da identidade coletiva de Israel -, consta que Deus é sagrado e que é perigoso para os seres humanos estarem na presença dele. Aliás, inicialmente, somente Moisés teve permissão para ver Deus e, ainda assim, não conseguiu olhar diretamente para a Sua face.
Contudo, Deus proporcionou aos israelitas uma forma de participarem da Sua santidade revigorante. Durante o êxodo do Egito. Deus passou aos israelitas instruções para praticarem rituais de purificação. Feito por Moises primeiramente, que seguiu as instruções Dele, para criar um espaço no qual Deus habitasse na terra. O “Tabernáculo” – uma armação semelhante a uma tenda – funcionava como templo para esse povo nômade. Passou, então, a ser fundamental que os sacerdotes preparassem o povo para ter acesso ao espaço sagrado. Assim, eles instituíram certos rituais para limpar o povo das suas impurezas. A questão da purificação, portanto, é essencial para um encontro humano-divino.
Sobre o hábito de orar em recolhimento de Jesus. Ele chama Deus de “aba”, que significa “pai”. Jesus compara sua iminente execução a “este cálice” e roga uma alternativa. Ele acredita ser possível que seu “Pai” o salve da humilhação publica e da execução. Essa oração indica também que a rogativa de Jesus não é atendida; Deus não o salva. A história ainda informa que Jesus repetiu a prece três vezes. Logo depois disso, foi preso. Quando Jesus orou pregado na cruz, ele clamou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Marcos 15.34). aos ver os evangelhos, vê a ligação intima entre Jesus e seu Pai Celestial, com uma voz do céu que diz: “Tu és meu Filho amado; em ti me comprazo” (Marcos 1:11).
Por que os Romanos mataram Jesus? Uma das ideias sobre Jesus é que ele era mestre espiritual e preconizador do amor fraterno, pode ser verdadeiro em partes. Jesus era pregador e reforçou as tradições judaicas dizendo: “Respondeu Jesus: Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: Ame o seu próximo como a si mesmo” (Mateus 22.37-39). Portanto é real que Jesus passava ensinamentos sobre a questão do amor. Mas Jesus não discutia com os Romanos, e Roma não executava pessoas que falavam sobre o amor, apesar de ser um homem combativo, dado a polêmicas.
Estudiosos diziam que a crucificação existia para os escravos ou, ao contrário, aos insurgentes contra Cesar e Roma. Mas essa justificativa não soluciona o que da morte de cruz de Cristo. Aplicando a ironia, se um líder insurgente fosse pregado na cruz, ele ficaria, ironicamente, numa posição elevada. Quase que as autoridades falassem com sarcasmo “acha que fez de si mesmo um grande rei? Permita que elevemos ao trono.” Com essa ideia, veja a placa posta em cima da cabeça de Jesus: “REI DOS JUDEUS.” Mensagem para zombar dele, nos revela, ao menos, duas coisas. A primeira que Jesus era visto por alguns com aspirações a realeza. A segunda no fato de que a crucificação foi uma irônica demonstração do seu fracasso, já que ele foi “exaltado” e, ao mesmo tempo, “rebaixado”. Algumas autoridades romanas, viam que Jesus se colocava acima de sua condição social, o que, portanto, justificava sua crucificação.
O Jesus histórico de Paulo, o Evangelho de Marcos é a primeira narrativa sobre a vida e os ensinamentos de Jesus. Esse evangelho descreve os conflitos políticos e a ressurreição de Jesus. O evangelho de Marcos, segundo nossas melhores estimativas, foi redigido por volta do ano 70. Mas, conforme já dissemos, os primeiros escritos sobre Jesus vieram de um fariseu chamado Paulo. O apostolo Paulo (também denominado São Paulo) é mais conhecido pelas cartas que escreveu. Algumas delas podem ter sido escritas até vinte anos antes do Evangelho de Marcos.
Paulo estava preocupado com a importância de Jesus, e não como as histórias sobre sua vida. O entusiasmo de Paulo em relação àquilo que Jesus havia se tornado na vida de seus seguidores ofusca quase todas as outras coisas relacionadas ao Mestre nazareno. Todavia, embora não fale muito a respeito da vida de Jesus, ele diz algumas coisas interessantes que indicam seu conhecimento sobre o assunto de forma geral. As amis antigas evidencias sobre a vida de Jesus, consta das cartas de Paulo:
Jesus nasceu de um mulher-Gálatas 4-4, tornando-se semelhante aos homens-Filipenses 2-7. Jesus era judeu e nascido sob a lei judaica-Gálatas 4-4. Jesus pertencia à linguagem de Abraão-Gálatas 3-16. e do Rei Davi-Romanos 1-3. Jesus tinha irmãos e eram casados – o que implica de que tinha cunhadas, sobrinhos e sobrinhas-1 Coríntios 9-5. Digno de nota entre os irmãos de Jesus é Tiago-Gálatas 1-19. Jesus tinha um grupo de discípulos chamado os doze-1 Coríntios 15-5. Notáveis também entre esses discípulos foram Pedro e João-Gálatas 2-9. A missão e os mistérios de Jesus tinha a ver principalmente com seus compatriotas judeus-Romanos 15-8. Jesus ensinou que a prática da pureza alimentar é flexível, dependendo do ponto de vista de cada um-Romanos 14-14. Jesus deu orientações éticas a seus discípulos sobre pureza sexual-1 Tessalonicenses 4-2.6.
Jesus deu orientações éticas a seus discípulos sobre o divorcio e o ato de se casar de novo-1 Coríntios 7-10. Jesus deu orientações éticas a seus discípulos sobre a remuneração dos pregadores-1 Coríntios 9-14. Jesus não agia motivado pela busca da satisfação de gozos pessoais-Romanos 15-3, possivelmente propondo com isto um modelo ético de altruísmo. Jesus repassou instruções a seus seguidores recomendando que realizassem uma ceia ritualística em memória dele. A ceia incluía pão e vinho, e simbolizava o corpo e o sangue de Jesus--1 Coríntios 11-23.5. De certo modo, Jesus foi traído-1 Coríntios 11-23. Essa traição ocorreu à noite-1 Coríntios 11-23.
Jesus foi crucificado-1 Coríntios 1-23; Filipenses 2-8. Essa execução foi uma humilhação publica-Gálatas 3-1. As autoridades da Judeia foram culpadas (por Paulo) por sua morte – Paulo culpa os judeus-1 Tessalonicenses 2-15. A crucificação de Jesus foi uma demonstração de humilhação que lhe impuseram-Filipenses 2, talvez querendo indicar como isso que o próprio Jesus foi, em última análise, o maior responsável pela própria morte. De certo modo, a morte de Jesus foi um sacrifício religioso-1 Coríntios 5-7. Propiciado por Deus-Romanos 3-24.5, talvez querendo isso dizer que Deus foi, em última análise, responsável pela morte de Jesus. Jesus foi enterrado-1 Coríntios 15-4. Jesus ressuscitou dentre os mortos “no terceiro dia” -Romanos 1-41-1 Coríntios 15-20.
O Evangelho de Marcos em que Jesus é muito conhecido pelas pessoas desejosas de algum tipo de cura ou que vivem atormentadas por demônios, dado a fama a Jesus também como contador de histórias e pregador, demonstrando assim o porquê as pessoas o procuravam tanto (Marcos 4-1). Na passagem em que ele começa a ensinar a beira mar, demonstra a solução criativa do Nazareno em usar a água como uma espécie de anfiteatro natural para criar um placo, esse palco era um barco. Por vezes ele queria ficar sozinho, mas as multidões o encontravam. As multidões são um importante componente na narrativa de Marcos. Elas servem para dar uma noção da popularidade de jesus, mas em breve acabariam se dispersando e depois voltariam a se reunir para clamar: Crucifiquem-no! Em certo sentido, Jesus acabou sucumbindo à fúria da tempestade; porém, seriam os procelosos vendavais da política que o afogariam.
Jesus em Mateus, o autor/editor associa Cristo aos grandes reis Davi e Salomão, e retrata como um novo Moisés. Estes são apenas três exemplos de conceitos apresentados por Marcos e depois tratados de forma mais ampla como temas em Mateus. Além de melhorar o conteúdo de Marcos, aqui adiciona conteúdo novo a seus escritos. A maior parte desse conteúdo vem na forma de pequenas máximas, de autoria atribuída a jesus. Vemos um exemplo disto na parábola mais famosa de Jesus – o Sermão da Montanha (Mateus 5-1.12).
Na primeira parte do sermão, também chamada de Bem-aventuranças, vemos alguns dos principais interesses de Mateus no assunto. O jesus de Mateus começa com dez instrução repassadas a seus seguidores, transmitidas de um local na montanha e que refletem as tradições hebraicas de Moisés, o qual recebe os Dez mandamentos também numa Montanha.
Inácio: Jesus, O paradoxo. Inácio de Antioquia foi contemporâneo de autores do Novo Testamento. Provavelmente tenha nascido em meados dos anos 30 e morreu no início do século 2. É possível que tenha sido discípulo de João (o apóstolo). Nesse caso, Inácio foi discípulo de um discípulo de Jesus. Inácio usa a metáfora do Cristo médico. Com isto, ele estabelece um contraste: os ensinamentos corretos de Jesus curam, enquanto os falsos ensinamentos ferem. Como Jesus era tido como famoso curandeiro, isto parece valer por um merecido aumento de sua fama. A visão dos fatos de Inácio é importante porque demonstra a precocidade com que, na existência da Igreja, essas ideias paradoxais sobre jesus aparecem.
Os seguidores de Jesus fizeram o melhor que puderam para associar suas palavras e seus feitos aos símbolos nacionais, às profecias e às narrativas de Israel. Portanto, se você tivesse conseguido perguntar a membros da primeira geração de cristãos porque Jesus era importante, provavelmente obteria uma resposta de caráter teológico: Jesus é o pão da vida; Jesus é o ungido do Senhor; jesus é o porta-voz de Deus na terra; Jesus foi ressuscitado e glorificado.
Agostinho sobre a Questão da Trindade (Século 5) Agostinho de Hipona (cerca dos anos 354-430) foi teólogo e bispo de uma província romana do Norte da África. Seria difícil exagerar a importância de sua influência na religião e na filosofia ocidentais. Seus escritos tratam de assuntos relacionados à cosmologia, epistemologia, política, ética e antropologia (só para citar alguns exemplos). Mas ele é mais conhecido pela influência que teve sobre a teologia cristã. Uma das palavras mais importante no vocabulário cristão é “Trindade”.
Os cristãos acreditam (a maioria deles) que Jesus é ao mesmo tempo “Filho de Deus” e Deus. Como Deus, Jesus está intima e integralmente ligado a Deus como “Pai” e a Deus como “Espírito”. Jesus é frequentemente chamado de “Filho”, “Logos” ou “Segunda Pessoa” da Trindade. Por isso, costuma-se dizer que Deus é triuno (tri=três; unus=um). Mas a palavra Trindade não consta na Bíblia. Inácio de Antioquia, Justino, Tertuliano de Cartago e outros dos primeiros eruditos cristãos fazem afirmações categóricas da natureza triuna de Deus. Tertuliano, por exemplo, interpreta o Evangelho de Joao pelas lentes de um trinitário Jesus afirma: “O pai e eu somos um” (Joao 10:30).
O Evangelho do rabino Gamaliel, o narrador afirma ser uma testemunha ocultar e se expressa na primeira pessoa: “Eu, Gamaliel, acompanhei as multidões e testemunhei tudo o que aconteceu no túmulo do meu Senhor Jesus, bem como a grande batalha que Pilatos travou com os sumos sacerdotes.” Ele chama Jesus textualmente de “meu Senhor”. Além disso, opõe-se aos outros líderes judeus que tentam fazer crer que Jesus não ressuscitou. Por isso, Gamaliel se torna um intérprete da doutrina cristã. Pôncio Pilatos, o governador romano da Judeia, homem que ordenou a crucificação de Jesus, se torna um personagem de vital importância nessa história. Pilatos é retratado também como professante da doutrina cristã.
A grande batalha que Pilatos travou, nesse evangelho se resume a afirmação de que ele interrogou os centuriões que alegaram que o corpo de jesus tinha sido roubado. Como acha contraditório o testemunho deles, o próprio Pilatos vai ao tumulo. La, descobre que os judeus haviam vestido as roupas de Jesus no corpo de um ladrão que fora crucificado ao lado do Mestre Nazareno. Portanto, o corpo de Jesus não estava no túmulo, de acordo com o evangelho.
A imagem de Jesus no islamismo, o legado do Profeta Maomé (cerca de 570-632) marca o nascimento do islamismo. Ao profeta atribui-se a autoria do Alcorão, escrito no início do século 7 (segundo a tradição, isto foi no ano 610), com anotações de textos ditados pelo anjo Gabriel. Jesus recebe menções elogiosas no alcorão. Embora não devamos superestimar a importância da cristologia para os fiéis do islamismo, as escrituras islâmicas apresentam um retrato interessante de Jesus. Retratado como milagreiro e profeta na tradição islâmica. É algo bem condizente com a tradição crista. Mas jesus não é retratado como o “Filho de Deus”, tal como a maioria das formas de cristianismo ensinava. Ao contrário, é chamado de filho de Maria. Ele era muito parecido com Moisés, já que era considerado um homem que fora incumbido de uma missão profética especial. Aliás, Jesus se enquadra na crença islâmica de que todo profeta enviado por Alá vinha à Terra com o mesmo objetivo e a mesma mensagem. A humanidade deturpou essa mensagem, mas Alá continuou a enviar profetas (como Moisés e Jesus), até que Maomé veio trazer a mensagem perfeita.
Spinoza: A mente de Cristo (Século 17), ele tornou difusa a linha entre Criador e Natureza. No seu Tratado Teológico-Político (TTP), publicado postumamente em 1677, ele volta a atenção para o Deus bíblico e argumenta que a mente humana é incapaz de entrar em contato com a mensagem de Deus e compreendê-la sem maculá-la com a sua imaginação e as suas tendencias emotivas.
Young: Jesus, O Polígamo (Século 19), Brigham Young (1801-77), um dos primeiros mórmons e foi o segundo presidente do movimento, além de fundador da cidade de Salt Lake City. Juntamente com Joseph Smith, criou a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (originalmente denominada igreja dos “mórmons”), que atualmente reúne mais de 15 milhões de membros. Young trabalhou em Nauvoo, Illinois sob a liderança de Smith e nessa localidade que o líder introduziu a ideia de poligamia, antes de morrer Young em 1877, tinha sido “indissoluvelmente ligado a” nada menos que 55 mulheres.
Esse padrão de conduta sexual foi projetado psicologicamente tanto em Deus como e Jesus. No fim da vida, ele escreveu: “Disse Jesus, quando conversava com seus discípulos: aquele que viu a mim viu ao Pai e eu e meu Pai somos um. As Escrituras afirmam que Ele, o Senhor, entrou no Templo com Seu séquito; não sei quem eram eles, exceto suas esposas e Seus filhos.” Para entender o pensamento de Young, precisamos identificar três aspectos da sua lógica. Primeiro, Jesus reflete a imagem de Deus, família humana, em aspecto unitário, era uma metáfora da imagem de Deus. Segundo, com a ideia de que Deus é literalmente um pai, cita o profeta Isaías, Young argumenta que Deus se casa muitas vezes com inúmeros filhos “Vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e a cauda do seu manto enchia o templo” Isaías.6-1, “a cauda do seu manto”, segundo a tradução da Bíblia King James, que o Senhor estava acompanhado por membros da família. Terceiro, se refere a Jesus, como reflexo da divina realidade, viveu virtuosa prática da poligamia. Young diz em seus escritos a esse respeito: “Essa mesma verdade é confirmada pelo Salvador.”
O peruano Gustavo Gutiérrez (1928) e mais conhecido pelo impacto do seu pensamento teológico; é considerado o pai da “teologia da libertação”. Padre dominicano, dedicou a maior parte da sua vida aos habitantes de Lima e ao estudo da pobreza global. Sua prática e teórica na pobreza influenciou sua interpretação da vida de Jesus. Estudou medicina, psicologia e filosofia antes de se ternar teólogo profissional. No seu livro “Teologia da libertação: perspectivas, Edições Loyola, 2000”, descreve 3 tipos de pobreza: material (privações); espiritual (sinceridade e confiança num Deus amoroso) e voluntária (protestos contra sistemas que impõem a pobreza material). Ele foi levado pelas muitas semelhanças entre Jesus e esses ideólogos zelotes.
A principal diferença entre ambos, de acordo com Gutiérrez, era que Jesus não se envolvia com ações nacionalistas. Ao contrário disto, a mensagem de jesus tinha alcance universal. O jesus dele não se enquadrava bem nos outros grandes grupos judaicos. Jesus repudiava o poder da elite dos saduceus. Jesus tinha repugnância pelas políticas opressivas de Herodes. Criticava a “religião feita exclusivamente de leis e a observância de atitudes ou atos exteriores”, algo que o fez entrar “em violento conflito com os fariseus”. Por fim, Gutiérrez propõe que Jesus se opunha às autoridades romanas.
Em 1260, o arcebispo Jacobus de Voragine escreveu uma história sobre Maria Madalena, contando de forma pela qual ela caíra na prostituição. Essa crença foi recontada no romance de Nikos Kazantzakis A última tentação de cristo, de 1955, obra que Martin Scorsese transformou em filme em 1988. Marai Madalena se tornaria prostituta, assim, quase não havia razão para se questionar o suposto envolvimento de Jesus Cristo com prostitutas. Numa ampliação ainda maior do equívoco, a sexualidade de jesus virou o centro das atenções no século 20. A última tentação de Cristo contava uma história da imaginaria esperança que Jesus tinha de ter uma vida normal (incluindo atividade sexual). Alguns cristãos boicotaram o filme e tentaram proibir a publicação do livro, pois achavam sacrílega a ideia de se falar em devaneios sexuais de Jesus. Assim a sexualidade de jesus se tornou um assunto polemico e visto que o legado de Maria com características sexuais, naturalmente criou-se um amante para ela. Jesus sendo reinventado e agora era namorado de Maria.
Foi somente com o advento do megaseller de Dan Brown, O código Da Vinci, que o grande público começou a imaginar uma Maria sem nenhuma ligação com a prostituição. Na obra, a ideia de ela ser amante de jesus foi fascinante para os leitores, mas o argumento de que era sua esposa foi a causa do sucesso de vendas.
Os cristãos homenageiam e prestam culto a um Jesus ressuscitado a mensagem no Livro de Apocalipse é uma glorificante progressão de final apoteótico em que o Jesus retratado como o cordeiro sacrificado se torna um guerreiro vitorioso no fim de tudo. Mas, até mesmo nesses reflexos pós-ressurreição, vemos a imagem de um juiz majestoso que anuncia: “Vinde, benditos de meu Pai. Possui por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava numa prisão e fostes ver-me” (Mateus 25:34-6).
Martin Luther King enfatizava que Jesus ensinava seus seguidores a não recorrerem a atos de violência. Está claro que esta ênfase se firma na ideologia de King, mas isto não muda o fato de que Jesus realmente ensinava a prática da resistência pacífica e de que parece que seus primeiros seguidores levavam isto a sério.
A historiadora Joan Taylor, reagindo a uma rejeição à entrada de refugiados no Reino Unido em 2016, procurou chamar a atenção das pessoas para a condição de refugiado de Jesus: No Evangelho de Mateus, José, o pai (adotivo) de Jesus, e Maria moram em Belém, uma cidade da Judeia, perto de Jerusalém. Ela ´tida como a terra natal deles. Sábios do Oriente, vem ao encontro com Herodes (governador romano da Judeia) com o fim de homenagear um novo governante, prevendo a chegado ao observar uma estrela, e acabam descobrindo que Jesus era o tal. Com essa notícia de um novo governante, era má noticia a Herodes, ele decidiu atacar preventivamente contra o povo de Belém e redondezas. Manda matar todas as crianças com menos de 2 anos (Massacre dos inocentes-Mateus 2.16-18). Mas em um sonho José recebe as intenções de Herodes e a família foge para o Egito. Somente depois da morte de Herodes e que José e Maria retornam, mas evitam à Judeia (José temeu ir para lá-Mateus 2.22), pois o filho de Herodes está no poder. Em vez disto, eles encontram um novo refúgio em Nazaré da Galileia, longe de Belém. Passando Jesus seus primeiros anos de vida como refugiado político, em uma terra estranha e depois como estrangeiro num povoado distante da terra natal de sua família.
Portanto a leitura de exemplar é recomendada, verá no material, as variadas interpretações e faces de Cristo Jesus. Observará sobre um humilde trabalhador (diarista) de cabelos curtos, sem barba e sem alguns dentes, terá noção sobre a figura do carpinteiro das planícies da Galileia. Conhecerá o simbólico cordeiro sacrificial da imaginação de João. Conhecerá o homem-deus das controvérsias do cristianismo primitivo. Conhecerá o chefe guerreiro da poesia viking. Conhecerá a inspiração das artes. Em suma, conhecerá um Jesus encarnado e reencarnado nestes últimos 2.000 anos. Este manual excepcional, de leitura fluida e fácil e de boa compreensão, testifica a grande persuasão de uma das personalidades mais culturais e artisticamente retratadas, estudadas, cultuadas e comentadas da história mundial.
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Ferreira Avelar Advocacia (Iporá-GO. Israelândia-GO). Consultoria e Assessoria Jurídica!
Créditos das Imagens e algumas informações do texto.
Livro – A História de Jesus Para Quem Tem Pressa – Anthony Le Donne.
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