LIVRO - AS MINAS DO REI SALOMÃO. HENRY RIDER HAGGARD.
LIVRO - AS MINAS DO REI SALOMÃO. HENRY RIDER HAGGARD.
O exemplar relata sobre
uma aventura excepcional e incitadora, como uma narrativa que o faz ser
considerado um romance de aventura, com plano de fundo a África, sendo assim
uma espécie de gênero literário "mundo perdido" em que na narrativa,
se descobre uma determinada localização, fazendo referências à bíblia e com
base no personagem descrito nas escrituras, o Rei Salomão, escritor dos
seguintes livros bíblicos a ele atribuídos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico
dos Cânticos e alguns Salmos.
O autor, Haggard detinha
conhecimento do continente africano, pois havia aventurado pela África, aos
dezenove anos, teria se envolvido em trabalhos que o colocou frente à conflitos
de guerra em que a Inglaterra, fez parte, tais experiências fundamentaram sua
base para variadas narrativas e histórias. Sendo funcionário da coroa inglesa
na África do Sul, Rider Haggard, pôde ter acesso e conhecer vários países e uma
enorme quantidade de crenças, costumes, crendices e lendas que influenciaram
seu modo literário de escrita. Foi também agricultor.
Salomão foi filho do
Rei Davi, sendo o terceiro Rei de Israel (Saul, Davi e Salomão). O seu nome
deriva de shalom (paz), também chamado de Jedidias (amado do Senhor). Israel no
seu reinado teve tempos de paz e houve o acúmulo de grande riqueza. O Rei amava
muito as mulheres estrangeiras, tendo 700 mulheres e 300 concubinas e, como
consequência, começou a seguir também deuses pegões. É Deus então disse que tiraria
o reino do seu filho (1Reis 11,1-13). Após sua morte, seu filho Roboão reinou
sobre as tribos de Judá e Benjamim, enquanto que Jeroboão reinou sobre as
outras tribos (1Reis 12,1-24). As Escrituras dizem que Deus o concedeu “sabedoria”
(1Reis 4,29-34; 10,1.23-24; Mateus 12,42), sendo visitado por muitos reis, por
admiração a sua inteligência (Rainha de Sabá é um exemplo).
Mas no manuscrito
temos a aventura em que Alão Quartelmar (um caçador de elefantes) é contratado
para encontrar o irmão do barão inglês Curtis, o qual desapareceu no interior do
continente africano, em uma missão para encontrar as minas do Rei Salomão. Alão
concorda em ser o líder da expedição, desde que tenha parte no tesouro
encontrado, assim partem em viajem por meio de carruagens pelo deserto da
África. Durante a aventura expedicionária, os ingleses vivem muitas façanhas e
muitos perigos, no intuito de descobrir a localização das minas do Rei Salomão,
o irmão do barão desaparecido, voltarem com vidas, e ricos.
Na sequência da
aventura há supressa entre os que se aderem a missão pela África, como por
exemplo a surpresa do grupo em não saberem onde estão as minas de Salomão! Dando
início ao modo em que se chegaria a algo relacionado ao suposto local “Os
dois homens olharam para mm, com assombro: As minas de Salomão?! Que minas?...
Onde são? Onde são, não sei. Sei apenas onde dizem que estão. Aqui há anos vi
de longe os dois picos dos montes que, segundo corre, lhes servem de muralha.
Mas entre mim e os montes, meus senhores, havia duzentas milhas de deserto.
(...) Narrei então, longamente, tudo o que sabia, história ou fábula, sobre as
minas de Salomão. Foi há trinta anos que pela primeira vez ouvi falar destas
minas a um caçador de elefantes, um homem muito sério, muito indagador, que
recolhera assim, nas suas jornadas através de África, tradições e lendas
singularmente curiosas. Tinha-me eu encontrado com ele na terra dos Matabeles,
numa das minhas primeiras expedições ao interior, á busca do elefante e do
marfim. Chama-se Evans. Era um dos melhores caçadores da África. Foi
estupidamente morto por um búfalo, e está enterrado junto às quedas do Zambeze.”
Relata sobre uma
cidade antiquíssima, toda em ruinas, que tinha a certeza de ser Ofir, a famosa
Ofir da Bíblia (cidade fenícia perdida no sertão da África), com seus restos de
palácios, de piscinas, de templos, de colunas derrocadas! Relata sobre John, um
dos componentes da equipe constituída para a aventura na África, mencionando
sobre o arsenal armamentista do grupo, que o Barão trouxera da Inglaterra (7
espingardas de 2 canos, 3 carabinas Winchester e 3 revolver Colt).
Diz sobre Umbopa,
também membro da equipe, que era da raça dos Zulus (mas não era zulu), diz que
o sítio da sua tribo era muito longe, para o Norte; os meus ficaram lá quando
Zulus desceram para aqui, há muito mais de mil anos, antes de Chaca ser rei.
Disse não ter aringa (campo fortificado, entre os indígenas da África),
asseverou que havia muitos anos em que andava errante e quando veio do Norte ainda
era criança. Mas no decorrer da trajetória Umbopa é atacado por um elefante.
Minucia como foi a
entrada do grupo no deserto e detalham que antes disso haviam sacrificado nove
elefante, dentre esses o que havia atacado Umbopa e por dois dias tiveram de
serrar os dentes desses e enterra-los com cuidado debaixo de uma árvore (que se
destacava em toda a planície, com um sinal inesquecível), para que depois
pudesse resgatar todo o marfim. Logo após, então, chegaram enfim à Aringa de
Sitanda, ao pé do Rio Lucanga, onde foi o verdadeiro ponto de partida da
equipe.
No trajeto pela busca
das Minas do Rei Salomão, se deparam com montanhas que são chamadas de os Seios
de Sabá, onde supostamente era a entrada para essas minas. Com o andar pelo
deserto, surgiu a necessidade de água, narrado a crise hídrica enfrentada pelo
grupo, “no entanto Venvogel, o hotentote, continuava a farejar, com as
ventas erguidas e abertas: Eu sinto o cheiro de água, patrão. Sinto-a no ar! No
ar não duvido. Há água que farte nas nuvens! Também não duvido que venha a
cair. Mas há de ser para nos lavar os esqueletos!
Pressagia que
Venvogel, o pobre hotentote, cujos dentes toda a noite tinham batido como
castanholas, chamou baixo por mim, deu um pequeno suspiro, e ficou profundamente
sossegado, como se tivesse adormecido.
Relata também sobre terem encontrando um homem branco no morto e
congelado no alto dos montes em que o grupo adentrada nas terras africanas na
busca pelas minas do Rei Salomão, esse era supostamente D. José da Silveira,
homem branco, um velho fidalgo, que supostamente seu corpo estava ali falecido,
a algo próximo a mais ou menos 300 anos. E colocaram o corpo de Venvogel junto
com o velho fidalgo português D. José da Silveira, na pedra em que se mantinham
congelados.
Descreve sobre a
descoberta do Reino dos Cacuanas, denotando o seguinte “toda essa tarde
trilhamos a larga, magnífica estrada que seguia infindavelmente para o lado de
Noroeste. Alguns nos negros marchavam adiante (uns cem passos), como vedetas.
Outros seguiam levando as nossas bagagens. Nós íamos no meio entre Infandós e
Scragga. (...) Tuala estava então na sua grande cidade de Lu, preparando-se
para a revista de tropas, a dança das flores e a ‘caça aos feitiços’, que
constituem a maior solenidade religiosa e militar dos Cacuanas, na primeira
semana de junho.”
Constata sobre o Rei
Tuala “não me dilatarei nos incidentes da nossa jornada até Lu, que nem
foram consideráveis nem pitorescas. Durante dois longos dias trilhamos a
estrada de Salomão, por entre ricas terras cultivadas e alegres povoações que
nos encantavam pelo seu ar florescente e calmo. A cada instante passavam por
nós torços de gente armada, regimentos emplumados marchando também para a
cidade, para o grande festival sagrado.” Descreve como se depararam ao
líder daquele povo “finalmente a porta da cubata rangeu – e surgiu dela uma
figura gigantesca, com um esplêndido manto de peles de tigre lançado sobre o
ombro, e uma azagaia na mão. Atrás dele vinha Scragga e uma outra criatura
estranha, equívoca, que nos pareceu uma macaca – uma macaca velhíssima e
friorenta, toda embrulhada em peles.”
Contam sobre o
episódio em que mantam um boi com o revolver para que os nativos soubessem como
funcionava o armamento de fogo, que era novidade para eles e que o grupo
detinha em sua posse. Descreve o episódio da grande dança, “Apagar o Sol! –
murmuraram os chefes entre si. – A grande lâmpada! O pai de tudo, que brilha
eternamente! Fala, Infandós! – Meu senhor, é na verdade um milagre espantoso
que vós prometeis! Mas enfim... O melhor momento é o da dança das flores, que
há de logo começar ao meio-dia. As mais lindas raparigas de Lu estão lá para
dançar.” Descreve da aclamação de um novo rei, “houve um silencio. Um
dos chefes ergueu a mão; e os vinte mil homens, ferindo o solo com as azagaias,
soltaram a grande saudação real: Crum! Crum! Crum!. Ignosi estava
aclamado rei. Os batalhões imediatamente recolheram aos seus acampamentos. No
Planalto reinou silêncio e ordem. Logo depois celebramos um conselho de guerra,
com todos os capitães. Era evidente que em breve seríamos atacados pelas tropas
fiéis a Tuala.”
Assim ocorreu a
revolta dos derrotados “mas dentro, os soldados de Tuala, inteiramente
desmoralizados pela derrota do seu rei, não pareciam dispostos à resistência.
Com efeito, às primeiras intimações dos arautos, a ponte levadiça da porta
chamada Real foi descida; e, seguindo Ignosi, penetramos enfim na cidade
vencida.”
Já na parte
derradeira do livro, há os relatos sobre a grande caverna, “e foi só no dia
seguinte, ao amanhecer, que examinamos aquele estranho sítio, tão cheio de
terror para os Cacuanas e para nós de maravilhosas promessas. (...) Um tojo de
flor, de um escarlate ardente, cobria as poderosas faldas dos três montes - e
seguia ainda, como um tapete igual e contínuo, pelos grandes descampados que os
cercavam. A fita branca da estrada de Salomão cortava direito até à Feiticeira
central, a que formava a ponta do triângulo, onde findava brusca e
misteriosamente. (...) e as outras figuras sentdas em torno da mesa eram
igualmente reis dos Cacuanas, já transformados em estalactites! Havia trinta e
sete – sendo o último o pai de Ignosi. É essa, desde tempos imemoráveis, a
maneira por que os Cacuanas conservavam os seus reis mortos. Petrificam-nos,
expondo-os, durante um longo período de anos, a uma queda de água siliciosa
que, lentamente e gota a gota, os transformam em estátuas geladas.”
Denota sobre o
tesouro de Salomão, “no entanto Gagula (que era por vezes extremamente leve
e ágil) trepara para cima da mesa e acercara-se do cadáver de Tuala, a quem
pareceu falar misteriosamente; depois seguiu entre as filas dos reis,
dirigindo, ora a um, ora a outro, como a velhos amigos, palavras lentas e graves
que não compreendíamos. Imediatamente a horrível bruxa saltou da mesa, como um
gato, e passando por trás das costas da Morte, ergue a lâmpada, mostrou a
parede da rocha: entrai homens brancos, entrai, se não tendes medo!”
Adentraram ao local
onde estava acomodado todo o tesouro de Salomão, com vários diamantes, dentes
de marfim, moedas de ouro em letras hebraicas (ou que julgaram serem hebraicas)
e menciona também que houve a detenção deles por meio do fechamento de uma
grande porta de pedra (cinco pés de rocha viva), que se fechou e os
aprisionaram no local onde estava toda a riqueza de Salomão. Narrando toda a
agonia do grupo presos e tentando sair daquele local com a riqueza que haviam
encontrando que diziam ser a riqueza do Rei Salomão.
Descrevendo em
detalhes quanto a escuridão que enfrentaram e que quando pressentiam ser algo
que ajudassem a sair, necessitavam acender os poucos palitos de fósforos que
restavam. E que ao final da narrativa conseguem êxito na jornada e também
saírem vivos do salão do tesouro, expondo todas as particularidades que
procederam, para não morrerem e saírem com toda aquela riqueza, trechos finais “e,
por fim, decretou que os nossos nomes fossem considerados sagrador como os
nomes dos reis mortos - e que assim se proclamasse todos o reino, de montanha
em montanha.”
Portanto, como já
dito é um exemplar que apresenta um gênero literário considerado o primeiro de
romance de aventura a se passar na África e é considerado o precursor do gênero
literário "mundo perdido”, sendo o exemplar o precursor inclusive dos
personagens como “Indiana Jones e Lara Croft”, nesse passo revela um exemplar
interessa a se ler, com uma grande variedade de palavras vinculadas a cultura
africana, para aprender-se mais sobre esses contos não usuais, assim demonstra
ser uma ótima fonte de aprendizado, assim recomendado é a apreciação do manual.
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Créditos
das Imagens e algumas informações do texto.
Livro - As Minas Do
Rei Salomão. Henry Rider Haggard.
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