LIVRO. SOBRE A BREVIDADE DA VIDA. SÊNECA.

novembro 14, 2021

LIVRO. SOBRE A BREVIDADE DA VIDA. SÊNECA.

Nesse livro o escritor Lúcio Aneu Séneca ou Sêneca, nascido em Corduba, 4 A.C., um dos mais célebres advogados, escritores e intelectuais do Império Romano e foi também um filósofo estoico, obra escrita cinquenta anos depois da morte de Jesus Cristo. Na obra, Sêneca tenta transmitir a ideia da resiliência e condena aqueles que se julgam de maneira ríspida e forma rápida. No manuscrito há menção de pessoas ilustre tais como: Hipócrates, Zenão, Pitágoras, Demócrito, Teofrasto e Aristóteles.

O autor afirma que o tempo da vida é o nosso bem mais precioso e que muitos não se dão conta disso, faz ponderações a respeito de indivíduos que não abrem mão do dinheiro, mas que desperdiçam seu tempo com coisas fúteis em especial na busca desgarrada da obtenção de mais renda.

Algumas reflexões, “as pessoas tem o prazer de aceitar pensões e gratificações, pelas quais alugam a sua mão de obra, o seu sustento ou os seus serviços. Mas ninguém trabalha o valor do tempo: os homens o usam prodigamente como se não custasse nada.”, nas mesmas indicações “ Segue-se que, assim como em um momento de doença epidêmica devemos tomar cuidado para não nos sentarmos ao lado de pessoas cujos corpos estão infectados com doenças febris, porque nos arriscaremos e sofremos com a respiração deles sobre nós, ao escolher nossos amigos pelo seu caráter teremos o cuidado de encontrar os menos corrompidos: misturar o sãos com os enfermos e como começa a doença.”

Segue com mais algumas interessantes ponderações “O maior obstáculo à vida é a expectativa, que dependendo do amanhã e desperdiça o hoje”, e mais, “Se você se dedicar ao estudo, evitará todo o tédio da vida, não desejará a noite porque está farto da luz do dia, não será um fardo dá para si mesmo nem inútil para os outros, atrairá muitos para se tornarem seus amigos, e as melhores pessoas se reunirão ao seu redor”.

Menciona também “Portanto, devemos desprezar todas as coisas suportá-las com tolerância: é mais civilizado zombar da vida do que lamentá-la”, no mesmo sentido cita, “Nossas mentes devem relaxar: elas se levantaram melhor e mais aguçadas após o descanso. Assim como você não deve forçar as terras férteis, já que a produtividade ininterrupta logo a exaurirá, o esforço constante minará nosso vigor mental.”

No livro o autor considera a vida um caminhado até bem extenso, no entanto afirma que as pessoas é que fazem ela curta demais, porque não conseguem gerenciar o tempo que é dado a elas para se viver. Alerta que o executor de qualquer obra deve ser mais forte do que sua tarefa: cargas que são muito pesadas para o portador estão fadadas a oprimi-lo. Menciona também o seguinte “o esforço incessante leva a uma espécie de embotamento mental e letargia.”

Portanto, a leitura do escrito é uma experiência interessante, pois por meio dela há uma observação ao nosso modo de viver cotidianamente e faz uma maneira de atrelar isso a uma reflexão sobre nossos atos, devendo assim dominarmos nossas ambições egoístas, desobrigarmos dos nossos desejos financeiros e não se deixar levar pelo apego e trabalhar a arte da paciência, assim sendo é recomendado a leitura desse exemplar.

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